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Preços dos alimentos devem reduzir nas próximas semanas, afirma ministro

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Por: Amanda Lucio

Jornalista e Repórter do E-Commerce Brasil

A recente retração nos preços internacionais das commodities deve pressionar para baixo o valor dos alimentos no Brasil nas próximas semanas, segundo avaliação do ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro. A declaração foi feita na última quarta-feira (9), em meio à expectativa de renovação de estoques e à diminuição na demanda por ovos após a Páscoa.

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(Imagem: Reprodução)

“Hoje, eu recebi um dado do varejo e do atacado para a carne bovina. No varejo, ela já caiu e, no atacado, caiu muito mais”, disse o ministro, destacando que os preços devem continuar em queda à medida que os estoques antigos forem consumidos. Segundo Fávaro, o movimento também é observado em outros produtos como óleo de soja, arroz e feijão.

O ministro afirmou ainda que o governo tem adotado medidas para estimular a produção e ampliar a oferta sem intervir diretamente no mercado. “Com as medidas tomadas de forma ortodoxa, de estímulo à safra brasileira, os preços dos alimentos vão ceder na ponta para o consumidor, mais do que hoje”, declarou.

Plano Safra e linhas de crédito

Na tarde de quarta, Fávaro se reuniu com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para discutir o Plano Safra 2025-2026, que entra em vigor em 1º de julho. A prioridade da pasta será manter as condições de crédito para médios produtores por meio do Pronamp, com juros de 8% ao ano.

Segundo o ministro, para manter essa taxa em um cenário de Selic elevada, será necessário ampliar os recursos do Tesouro destinados à equalização de juros — que hoje somam R$ 65 bilhões.

No caso dos grandes produtores, Fávaro afirmou que o governo busca expandir as linhas de crédito atreladas ao dólar, que têm menor impacto fiscal. “A linha dolarizada tem custo zero para o Tesouro, mas juros ainda abaixo de 10%, sendo praticado hoje em 8,5% ao ano”, explicou. Essas linhas são voltadas a produtores que exportam boa parte da produção e, portanto, estão mais protegidos da variação cambial.

O ministro também mencionou reuniões com o Banco do Brasil e adiantou que pretende dialogar com outras instituições financeiras para ampliar a oferta de crédito rural em dólar, com o objetivo de estruturar um Plano Safra maior do que o de 2024, apesar do cenário de juros altos.

* Com informações da Agência Brasil

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