Com o distanciamento social, o número de transações online cresceu muito e, consequentemente, aumentou a preocupação com fraudes e segurança de dados. O número de consumidores que só compartilham informações pessoais quando há necessidade explícita nos sites em que visitam subiu de 28,4% para 33,4% em um ano, segundo pesquisa nacional feita pela Serasa Experian. Já o número de internautas que sempre compartilham seus dados, ainda que não se sintam seguros, caiu de 35,7% para 30,9% no mesmo período.
Segundo a Chief Data Officer da Serasa Experian, Leila Martins, “a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais é um marco importante para todos os brasileiros, pois garante aos consumidores proteção e transparência sobre o tratamento de seus dados, ao mesmo tempo em que traz aos empresários mais segurança jurídica e clareza sobre as regras para cada tipo de tratamento”.
Leia também: 5 dicas para proteger seu e-commerce contra ataques online
Fraude e exposição de dados pessoais
A pesquisa também mostrou que o número de brasileiros que sofreram fraudes e problemas de exposição em relação aos seus dados aumentou em 2020, de 12,7% para 17,4%.
Na hora de compartilhar dados com empresas online, o principal aspecto de avaliação para 59,1% dos consumidores é a confiabilidade que aquela marca ou site proporciona. Em segundo lugar, 50,1% dos usuários querem saber se a política de privacidade do site é apresentada de maneira clara.
Um critério importante, mas menos escolhido pelos entrevistados (26,7%), é a possibilidade de respaldo da marca em casos de problemas com a segurança das informações coletadas. Apenas 0,8% das pessoas não se preocupa em adotar métodos de avaliação sobre a segurança da área online em que vai se cadastrar, acessar ou realizar suas compras.
Metodologia
A pesquisa realizada pela Serasa Experian entrevistou 2.139 consumidores de todo o Brasil entre os dias 16 de março e 27 de abril de 2020. A metodologia aplicou, por meio de painel online nacional, um questionário com perguntas fechadas a um público composto por 58% de mulheres e 42% de homens, nas regiões Sudeste, Nordeste, Sul e Centro-Oeste/Norte. A segmentação dos participantes contemplou todas as faixas etárias e distribuição por renda familiar.
Leia também: O que vai ser diferente nessa Black Friday após a pandemia de coronavírus?