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Rumo à China: como a indústria de bebidas abriu portas para exportação por meio do e-commerce

Por: Amanda Lucio

Jornalista e Repórter do E-Commerce Brasil

Na última quarta (15), especialistas da indústria de bebidas se reuniram no Congresso Indústria Digital para debater desafios e oportunidades de expandir negócios para o mercado chinês usando os canais digitais. A discussão foi mediada por Rita Albuquerque, coordenadora de competitividade da ApexBrasil, e contou com a participação de Valéria Cristina Natal, diretora-executiva da Distillerie Stock do Brasil, e Rafael Catolé Demetrio, gerente geral internacional da Natural One.

Da esquerda para a direita: Rita Albuquerque, Rafael Catolé e Valéria Natal (Imagem: Carol Giusti/E-Commerce Brasil)

Valéria Natal destacou a estratégia da marca de licores, Stock, de buscar a internacionalização por meio de e-commerces locais. A empresa já atua em 50 países e pretende expandir suas operações na China sem intermediários. No começo, utilizaram plataformas como o Taobao, e agora estão investindo no live commerce, modalidade amplamente utilizada no país. A executiva ressaltou a importância de adaptar suas lojas virtuais às especificidades de cada mercado. “A loja que tenho nos EUA não é a mesma do Timal ou Taobao”, afirmou, reforçando que o e-commerce internacional pode, muitas vezes, atrair mais atenção de importadores do que o contrário.

Rafael Demetrio compartilhou a experiência da Natural One, que já está presente em mais de 15 países, com foco na Ásia. A empresa começou suas operações internacionais em Singapura e hoje está consolidada no mercado chinês, com presença no Sam’s Club e plataformas digitais como Alibaba, Rema e Pupu.

Demetrio enfatizou a importância de uma estratégia bem estruturada, especialmente em relação à logística e à adaptação às diferenças culturais e de fuso horário. Ele também destacou a relevância de contratos sólidos com distribuidores e o acompanhamento contínuo das operações para garantir que a marca mantenha seu posicionamento no mercado. “Cada dia que eu perco de sell-out na ponta, é um dia de perda de market share”, comentou.

O debate trouxe à tona os principais pontos de atenção para empresas brasileiras que buscam expandir sua atuação por meio do e-commerce, destacando a necessidade de adaptação, planejamento logístico e parcerias estratégicas para operar com sucesso em mercados internacionais.