Cerca de dois meses após alterar pela primeira vez sua proposta para incorporar a Linx, a Stone fez novas mudanças nas condições oferecidas após pedidos dos membros do conselho independente da Linx, órgão formado para analisar a compra. Agora, a empresa de pagamentos se dispõe a perdoar parte das multas e oferece uma quantia maior em dinheiro pelos papéis da companhia de software.
Agora, a Stone concederá perdão à multa de R$ 112,5 milhões que a Linx teria de pagar caso seus acionistas não aprovem a venda de uma companhia para a outra. As demais multas, incluindo aquela que a Linx deverá pagar caso a venda para a Totvs seja aprovada até um ano depois, continuam inalteradas.
Além disso, a Stone alterou os valores da relação de troca proposta aos acionistas da Linx. Agora, a empresa se dispõe a pagar R$ 32,06 mais 0,0126774 ação da Stone para cada papel da Linx, o que eleva a avaliação do ativo a R$ 35,96 com base no fechamento da ação da Stone na quarta-feira (28). Na última alteração, a ação da Linx era avaliada em R$ 35,10.
A alta no preço da ação da Totvs havia alterado as peças do tabuleiro da disputa. Isso porque a empresa de software ofereceu uma ação sua mais R$ 6,20 em dinheiro para cada ação da Linx. Com a valorização do papel na B3 neste ano, a oferta ficara mais vantajosa, embora embutisse um maior risco em caso de queda do papel.
Recomendação reiterada
De acordo com a Stone, após as alterações feitas pela empresa nos termos de sua oferta, os membros do comitê independente da Linx reiteraram a recomendação para que os acionistas da empresa votem a favor da transação na assembleia marcada para o dia 17 de novembro.
O texto afirma que, além de levar em consideração as mudanças feitas pela Stone, os conselheiros seguiram considerando que há incertezas na oferta da Totvs, como a falta de multas à companhia caso seus acionistas desistam da oferta, a falta de uma verificação conclusiva sobre as sinergias entre as duas empresas de software e a maior chance, de acordo com eles, de que a venda para a Stone seja aprovada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
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Fonte: Broadcast Estadão