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Sucesso da IA no ambiente de trabalho depende de capacitação e criação de cultura

Por: Lucas Kina

Jornalista e repórter do E-Commerce Brasil

Como outras novidades tecnológicas já o fizeram em décadas anteriores, a implementação da Inteligência Artificial (IA) em empresas gera discussões ao redor do mundo. Ainda com muito a ser entendido a respeito do aparato, fato é que ações estratégicas e reflexões éticas sobre o assunto ainda tornam incerta sua aplicação em larga escala. Um painel do Web Summit Rio 2024 debateu a respeito disso.

Marcelo Braga, presidente da IBM no Brasil - IA no trabalho - Web Summit Rio 2024
Marcelo Braga, presidente da IBM no Brasil (Imagem: Divulgação/Web Summit Rio)

Especialistas da IBM, Marcelo Braga, presidente da empresa no Brasil, e Justina Nixon-Saintil, VP e diretora de Impacto global, levaram aos holofotes a implementação da IA por empresas. Para eles, mesmo visto como promissor, o trajeto conta com o desafio de desenvolver uma cultura.

Segundo Braga, somente no Brasil, a meta da IBM é capacitar cerca de dois milhões de pessoas em uso de IA. Isso, entre outras ações, tem como foco a criação da cultura tecnológica em profissionais, além de prepará-los para o futuro.

“Nossa ideia é democratizar o acesso ao conhecimento e garantir que profissionais de diversos setores estejam aptos a aproveitar as vantagens da IA em suas atividades. Isso segue um conceito de união entre otimização e ética nos processos”, explicou o executivo.

Ambos especialistas ressaltaram que o estimulo ao uso da IA no cotidiano de trabalho por parte das empresas, se feito a partir de agora, pode facilitar o futuro. A partir disso, impactos negativos dessa tecnologia podem ser combatidos cedo e as equipes já estarão capacitadas.

Brasil

Segundo Braga, no Brasil, parte das empresas já utilizam IA no atendimento ao cliente, muito pela alta demanda neste aspecto. Com a necessidade de mais velocidade e personalização no trato com o usuário, esse tipo de ferramenta ganhou necessidade de aplicação rápida no país.

Para Nixon-Saintil, o ponto de melhora na utilização da IA, no Brasil e globalmente, está justamente na experiência, mas do funcionário.

Justina Nixon-Saintil, VP e diretora de Impacto - IA no trabalho  - Web Summit Rio 2024
Justina Nixon-Saintil, VP e diretora de Impacto na IBM (Imagem: Divulgação/Web Summit Rio)

“A potencialização do colaborador com a IA precisa ser entendida como prioridade e iniciativas que engajem equipes dessa forma podem garantir grupos mais produtivos. Por consequência, a criatividade pode se voltar para áreas importantes, sem desgastes desnecessários”, salientou a executiva.

Justina também comentou sobre a aplicação da IA servindo de desenvolvimento individual e profissional para os colaboradores. De acordo com ela, um leque de aprendizado contínuo se abre ao pensar esse tipo de ferramenta integrada ao dia-a-dia do trabalhador.