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Supermercados ganham protagonismo e puxam crescimento do varejo alimentar em 2024

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Por: Júlia Rondinelli

Editora-chefe da redação do E-Commerce Brasil

Jornalista formada pela Faculdade Cásper Líbero e especialização em arte, literatura e filosofia pela PUC-RS. Atua no mercado digital desde 2018 com produção técnica de conteúdo e fomento à educação profissional do setor. Além do portal, é editora-chefe da revista E-Commerce Brasil.

O varejo alimentar brasileiro encerrou 2024 com um desempenho acima das expectativas, impulsionado especialmente pelo crescimento das grandes redes supermercadistas.

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(Imagem: Freepik)

Segundo dados consolidados no relatório “Varejo Alimentar em Contexto”, produzido pela SA+ Conteúdo, quatro dos principais grupos com capital aberto no Brasil — Carrefour, Assaí, Grupo Mateus e GPA — registraram, juntos, um faturamento de R$ 257,6 bilhões, alta de 7,7% em relação a 2023. O crescimento superou em 2,5 pontos percentuais o avanço de 5,2% apontado pela Pesquisa Mensal do Comércio (PMC/IBGE) para o setor como um todo.

O destaque regional ficou com o Rio Grande do Sul, que liderou o crescimento em volume de vendas com alta de 12%, seguido pela Bahia (11%). Em nível nacional, o desempenho do setor sinaliza uma retomada consistente, mesmo em um cenário de margens pressionadas e reestruturações operacionais.

Atacarejo segue como motor de expansão

Entre os formatos analisados, o atacarejo continua sendo o principal vetor de crescimento. As operações de cash & carry das redes Carrefour (via Atacadão), Grupo Mateus (Mix Mateus) e Assaí apresentaram um crescimento médio total de quase 15%.

Porém, quando analisadas as mesmas lojas — aquelas abertas há pelo menos um ano —, o avanço foi modesto, de apenas 2,1%, evidenciando que a expansão ainda depende fortemente da abertura de novas unidades.

Supermercados mostram resiliência

Apesar dos desafios, o canal de varejo tradicional — supermercados — também teve desempenhos relevantes, sobretudo no Grupo Mateus, que liderou o crescimento total, e no GPA, com os melhores números em mesmas lojas.

O Carrefour, por sua vez, segue em processo de reestruturação, com fechamento e conversão de unidades, o que resultou em uma retração de 9,4% nas vendas totais e de 3,4% em mesmas lojas nesse formato.

Desafios de rentabilidade

Embora o faturamento tenha crescido, os dados do relatório indicam que a rentabilidade ainda é um ponto de atenção.

As margens bruta e EBITDA das companhias permanecem pressionadas, e o lucro líquido oscilou entre resultados negativos e margens modestas. O Carrefour, por exemplo, teve prejuízo, enquanto o Assaí e o Grupo Mateus conseguiram manter margens positivas, embora apertadas.

Tendência é de consolidação

O relatório evidencia que as grandes redes supermercadistas seguem ganhando espaço no varejo alimentar brasileiro, especialmente por meio do atacarejo e da ampliação de suas operações em estados fora do eixo Sudeste. A consolidação do setor, com poucos grupos concentrando a maior parte das vendas, reforça a importância dessas empresas para o abastecimento alimentar do país.

Quer saber mais sobre esse assunto? Acompanhe o Congresso Alimentos e Bebidas, realizado pelo E-Commerce Brasil no dia 29 de abril, em São Paulo.

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