Apesar das ações entregues nos últimos dias em relação as taxações de e-commerces estrangeiros, o varejo brasileiro ainda enxerga o cenário desnivelado. A percepção, vinda de grupos nacionais ligados ao setor, é de que ainda há vantagem para o ‘outro lado’.
Por meio de publicação no painel S.A, na Folha de S. Paulo, a Associação Brasileira do Varejo Têxtil (Abvtex) mostrou insatisfação com a atual carga tributária exigida das plataformas de fora. Segundo o grupo, a indústria nacional permanece com alíquota de 90%, enquanto Shopee, Alibaba, Shein etc passaram de 44,5% para 50%.
“O impacto no preço final desses artigos importados é de apenas 3,7%, segundo os cálculos do IDV (Instituto para Desenvolvimento do Varejo). Queremos isonomia e esperávamos que a carga tributária fosse similar entre a indústria e o varejo nacionais e os sites estrangeiros de e-commerce”, comenta Edmundo Lima, diretor-executivo da Abvtex.
Vale lembrar que, na última semana, a decisão de passar o imposto de Circulação de Mercado e Serviços (ICMS) de 17% para 20% nos estados brasileiros, além do Distrito Federal, acendeu um alerta para e-commerces estrangeiros em relação a 2025. O entendimento é que, com mais uma taxação, a participação destas ganha empecilhos.
A ação partiu do Comitê Nacional de Secretários de Fazenda, Finanças, Receita ou Tributação dos Estados e Distrito Federal (Comsefaz).