O comércio varejista registrou queda de 4,1% do volume de vendas no comparativo anual em fevereiro, segundo a 14ª edição do Índice de Atividade Econômica Stone Varejo, em parceria com o Instituto Propague, que se baseia no comparativo entre o mesmo mês no ano anterior. No comparativo mensal (com janeiro) ajustado sazonalmente, o índice também apresentou queda do volume de vendas no índice ampliado e restrito, com 0,3% e 0,4%, respectivamente.
O estudo busca mapear mensalmente os dados de pequenos, médios e grandes varejistas, utilizando a metodologia proposta pelo time de Consumer Finance do Federal Reserve Board (FED), que idealizou um modelo de indicador econômico similar nos EUA. Nele, são consideradas as operações feitas via cartões, voucher e Pix dentro do grupo StoneCo.
Os resultados desse mês demonstram a continuidade da tendência de cautela para o primeiro trimestre do ano de 2024, porém, ainda não são suficientes para confirmar alteração de tendência. Dessa forma, é necessário acompanhar os próximos meses para confirmar a alteração dessa trajetória.
Matheus Calvelli, pesquisador econômico e cientista de dados da Stone
Segmentos analisados na pesquisa
- Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, perfumaria e cosméticos;
- Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo;
- Livros, jornais, revistas e papelaria;
- Móveis e eletrodomésticos;
- Tecidos, vestuários e calçados;
- Material de construção.
Por segmentos, o relatório identificou que cinco deles registraram uma queda anual, liderada pelos setores de tecidos, vestuário e calçados, liderando com uma baixa de 11,6%. Na sequência, estão os hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-6,5%), já os móveis e eletrodomésticos (-4,3%), material de construção (-2,8%) e os livros e jornais, revistas e papelaria (-2,4%). Entre todos, apenas um segmento apresentou alta: artigos farmacêuticos, com +2,3%.
Estatísticas por região
O estudo identificou uma queda generalizada nas vendas do varejo em fevereiro no comparativo com o ano passado, pois, de todo o Brasil, apenas três estados se destacam com resultados positivos no mês:
- Acre (2,8%);
- Piauí (1,8%);
- Mato Grosso do Sul (0,3%).
Separando por região, os destaques negativos nas regiões Norte e Nordeste foram: Alagoas (18,4%), Pará (9,3%) e Pernambuco (8,6%). Na região Sudeste: Espírito Santo (10,4%), e no e Sul: Rio Grande do Sul (7,5%) e Santa Catarina (6,7%).