Em outubro, o varejo brasileiro sinalizou diminuição nos serviços às famílias e mistos na composição do setor. Segundo o IGet, o setor caiu 4,5% na comparação com setembro. O levantamento mensal foi desenvolvido pelo departamento econômico do Santander no Brasil em parceria com a Getnet.
No varejo, o recorte ampliado do estudo mostrou alta de 0,8%, enquanto o restrito, que exclui as vendas de materiais de construção e partes e peças automotivas, retraiu 1,3% ante mês passado (e 4% em relação a outubro de 2023). Isso aconteceu após duas altas seguidas.
O estudo vê redução do ímpeto do consumo à frente na esteira da perda de momento do impulso fiscal, mas o mercado de trabalho aquecido tende a impedir uma desaceleração mais forte. Assim, os resultados configuram uma perspectiva de moderação na demanda para o início do quarto e último trimestre de 2024.
Mais sobre o varejo
As categorias que compõem a atividade varejista contribuíram para um momento misto em outubro. Em restrito, vestuário, outros artigos de uso pessoal e combustíveis tiveram contribuições positivas.
Apesar da retomada no mês, o segmento de outros itens pessoais manteve as variações interanuais negativas, o que vem impactando o índice restrito sob esta ótica. No índice ampliado, automóveis, partes e peças teve aumento de 3% e materiais de construção 0,7%, ambos sendo positivamente importantes.
Os serviços de alojamento e alimentação também indicaram retração (4,2%), bem como em setembro (2%). Já o segmento de outros serviços, como atividades de lazer, culturais, obteve alta de 1,9% na mesma base de comparação.
O IGet usa dados de transações no mercado de adquirência nacional e, com base nisso, analisa a trajetória da atividade econômica no Brasil. A pesquisa é mensal e analisa receitas de estabelecimentos que utilizam a Getnet como meio de pagamento.