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Como otimizar seus investimentos em campanhas de mídia online

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Por: Wesley Dias

Gerente de E-commerce na Alimentos Tia Sônia

Especialista em E-commerce e Marketing Digital, atuando desde 2010 no desenvolvimento de estratégias para aquisição, conversão e fidelização de clientes. Com ampla experiência em operações digitais, automação e análise de dados, auxilia empresas a escalarem suas vendas online com alta performance.

Se tem uma coisa que faz diferença no crescimento de um negócio digital, é a forma como você investe em mídia online. Muita gente joga dinheiro fora porque não sabe como estruturar um planejamento sólido, definir um orçamento inteligente e escolher os canais certos.

O resultado? Campanhas caras e pouco eficientes.

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Aprenda a otimizar seus investimentos em mídia paga, evitar desperdícios e fazer suas campanhas realmente gerarem resultados.

Então, se você quer parar de desperdiçar verba e realmente fazer sua mídia trabalhar para você, fica comigo que eu vou te mostrar como otimizar seus investimentos de forma estratégica.

1. Entendendo os tipos de mídia

Antes de qualquer coisa, é fundamental entender os dois grandes grupos de mídia paga. Isso vai te ajudar a direcionar seu orçamento para onde realmente faz sentido.

Mídia preditiva (geração de demanda)

Aqui, a estratégia é apresentar seu produto para o público, mesmo que ele ainda não esteja buscando ativamente por aquilo. O objetivo é despertar o interesse. É o famoso “colocar a oferta na frente da pessoa certa, na hora certa”.

Plataformas principais:

– Instagram Ads

– Facebook Ads

– TikTok Ads

– YouTube Ads

– Google Display Network (GDN)

– Taboola, RTB House e Criteo

Se você vende algo que as pessoas compram por impulso (como moda, decoração, acessórios, cosméticos), a mídia preditiva pode ser seu melhor caminho.

Mídia consultiva (demanda ativa)

Aqui, o jogo é outro. O usuário já está no modo de compra. Ele pesquisou, comparou preços e está pronto para decidir. Seu papel é aparecer na hora certa e garantir que ele escolha comprar com você.

Plataformas principais:

– Google Search (anúncios de pesquisa)

– Google Shopping

– Facebook Marketplace

– Comparadores de preço (Buscapé, Zoom, Promobit etc.)

Se seu produto tem uma compra mais racional (como eletrodomésticos, materiais para casa, eletrônicos ou suplementos), a mídia consultiva tem um peso maior.

Sacada importante: o grande erro de muita gente é apostar tudo só em um tipo de mídia. O ideal é equilibrar as duas para captar tanto o público que ainda está conhecendo a marca quanto o que já está pronto para comprar.

2. Escolhendo os canais certos

Além dos anúncios tradicionais, existem outros canais que podem fortalecer sua estratégia e reduzir seu custo por aquisição (CAC):

SEO e marketing de conteúdo: atrai tráfego orgânico qualificado a médio/longo prazo.

– E-mail marketing e WhatsApp: excelentes para retenção e aumento de LTV (Lifetime Value).

– Afiliados e influenciadores: estratégia interessante para gerar credibilidade e escalar vendas.

– Pinterest e LinkedIn Ads: alternativas para nichos específicos (moda, decoração, B2B).

Muita gente se prende a Google e Meta Ads, mas a verdade é que diversificar canais pode ser um diferencial enorme.

3. Como definir um orçamento inteligente

Definir o investimento correto depende de alguns fatores:

– Tamanho do público-alvo: público maior exige orçamento maior.

– Mix de produtos: se você tem um portfólio amplo, priorize os mais vendidos (curva A).

– Região geográfica: trabalhar grandes centros custa mais caro.

– Margem de lucro: quanto menor a margem, mais precisa ser otimizada a verba.

– Nível de maturidade da sua marca: marcas novas precisam investir mais em reconhecimento antes de converter.

Quanto investir por dia?

O recomendado por Google e Facebook é um mínimo de R$ 35 a R$ 50/dia (cerca de R$ 1.000 a R$ 1.500/mês) para garantir uma boa frequência e aprendizado do algoritmo.

Mas aqui vai um ponto essencial: investir menos que isso não significa que você não terá resultado, mas sim que levará mais tempo para otimizar suas campanhas.

4. Estratégia de distribuição do orçamento

Agora que você entendeu como funciona a estrutura das mídias, vamos falar sobre como dividir seu orçamento.

Até R$ 5.000/mês:

– 70% na mídia principal (preditiva ou consultiva, dependendo do seu produto).

– 30% para remarketing e testes de novas estratégias.

De R$ 5.000 a R$ 20.000/mês:

– Manter a divisão 70/30.

– Adicionar canais próprios (WhatsApp, e-mail marketing).

– Investir em estratégias de descoberta (Taboola, RTB House etc.).

Acima de R$ 20.000/mês:

– Criar um funil completo (topo, meio e fundo).

– Testar novas mídias e trabalhar fortemente a retenção.

Dica de ouro: o erro de muitos lojistas é gastar todo o orçamento na aquisição de novos clientes e não investir nada em retenção. Clientes recorrentes têm um custo de aquisição muito menor e geram um ROI mais alto.

5. Como mensurar e melhorar o desempenho

Campanha sem métrica é dinheiro jogado fora. Aqui estão os principais KPIs que você precisa acompanhar:

– CAC (Custo de Aquisição de Cliente): quanto você paga para trazer um novo cliente?

– CPA (Custo por Aquisição): quanto custa cada venda realizada?

– LTV (Lifetime Value): quanto um cliente gasta ao longo do tempo?

– Ticket médio: valor médio de cada pedido.

– Taxa de conversão: % de visitantes que viram compradores.

– Taxa de carrinho abandonado: se estiver muito alta, reveja suas condições de pagamento e frete.

– ROAS (Retorno sobre Gasto com Anúncios): para cada R$ 1 investido, quanto retorna?

Se sua taxa de conversão está abaixo de 1%, seu problema pode não ser mídia, mas sim seu site ou sua oferta. Se o ROAS está baixo, talvez seu investimento esteja indo para o público errado ou o criativo do anúncio não está eficiente.

Conclusão

Rodar campanhas de mídia paga exige estratégia. Não adianta simplesmente “colocar dinheiro” e esperar que as vendas apareçam.

O segredo está na segmentação correta, no equilíbrio entre mídia preditiva e consultiva, e na otimização constante baseada em dados.

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