As pessoas que nascem com algum tipo de deficiência precisam de um ambiente que se adeque às suas necessidades.
Não é por acaso que o poder público precisou intervir, obrigando todos os estabelecimentos a fornecerem rampas de acesso, corrimão à altura da cintura, dentre outras medidas que promovem a acessibilidade.
O que muitas pessoas não sabem, é que a acessibilidade digital é assegurada por lei.
Com isso em mente, criamos um conteúdo exclusivo com algumas dicas para que a sua empresa passe a promover a inclusão de pessoas com necessidades especiais em seu e-commerce. Confira!
Estatísticas sobre acessibilidade digital
A pandemia de coronavírus obrigou as empresas a, de uma forma ou outra, migrar para o digital. Isso acontece tanto em relação ao atendimento ao cliente, quanto nos processos internos do negócio.
O ano de 2020 foi marcado pelas reuniões online, crescimento do e-commerce, digitalização de parte da economia, e uma transformação digital acelerada no mercado. No entanto, as pessoas de baixa renda ficaram de fora disso.
Esse debate foi acalorado, e problema, logo resolvido via legislações nas quais a empresa era responsável pelos equipamentos dos funcionários, dentre outros pontos.
Porém, o que muitas pessoas ignoram é o censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2010), o último realizado, indicando que 25% da população brasileira possui algum tipo de necessidade especial, principalmente ligadas à visão.
Dessa forma, a Lei 13.146/2015 classifica como barreira tecnológica as ações e processos que dificultam o acesso às pessoas com deficiência à tecnologia.
Porém, de acordo com a organização Web para Todos, dos mais de 16 milhões de sites ativos no Brasil, testados em pesquisa, apenas 0,89% passaram como páginas acessíveis.
Como ampliar a acessibilidade no e-commerce Brasil?
O Brasil possui os seus próprios desafios em relação à inclusão digital, afinal, até mesmo o marketing digital está começando a se desenvolver no país.
Portanto, é preciso encontrar soluções adequadas de acordo com os problemas mais frequentes, para então ir aprofundando a questão.
Imagens acessíveis
Considerando que cerca de 18% da população brasileira possui dificuldade visual (IBGE, 2010), é preciso prestar atenção na descrição visual.
Você já deve ter prestado atenção que em comunicados oficiais de entidades governamentais, há o serviço de audiodescrição, em que tudo o que está na tela é lido, como roupas que a autoridade usa, descrição física, descrição do ambiente, dentre outros detalhes.
Na internet as imagens possuem inúmeras configurações, mas há dois campos que devem ser analisados com atenção.
Título
Alt Tag
Essas duas informações contribuem para o seu SEO, mas também são eficazes para otimizar a experiência de portadores de necessidades especiais.
Os softwares de leitura de tela não são capazes de enxergar a imagem, então eles leem os textos associados a ela. Quem enxerga com clareza, não vê esses textos, é como se eles ficassem escondidos, porém, os leitores encontram.
Navegação por teclado
Esse é um tópico que demonstra como a acessibilidade é para todos. Todos os seus usuários percebem que o site está cada vez melhor e mais intuitivo.
A navegação por teclado é o conjunto de ações que dispensa explicações. Porém, não basta avançar a tela quando pressiona a seta para baixo, é preciso deixar claro.
Acesse uma página na web e pressione a tecla tab. Algum campo aparece selecionado? Se não aparece, é normal, 61% das páginas não exibem foco quando a navegação por teclado é acionada.
Hierarquia de títulos
Quando há um título destacado em uma página, não é por acaso. É preciso deixar claro a hierarquia do conteúdo para que o usuário saiba o que está consumindo.
Por exemplo, na ficha de descrição do produto. Se for preciso explicar mais de um detalhe dentro de uma especificação, esse grupo de informações é um título inferior à especificação, que por sua vez é inferior à descrição, e no final das contas, tudo fica sob o nome do produto.
Pode não fazer diferença para pessoas não portadoras de necessidades especiais, no entanto, aliado à navegação por teclado é fundamental para garantir um acesso fácil ao conteúdo.
Layout ajustável
Experimente dar zoom em uma página aleatória. Ela é acessível se a fonte se expande, mas respeita as margens da tela.
Para criar um e-commerce realmente acessível, é preciso ter, em primeiro lugar, empatia. Se uma pessoa com dificuldade visual acessar a sua página e dar zoom, a leitura continua simples?
O maior erro é não tomar cuidado com esse detalhe. Muitas páginas ao se aumentar o tamanho, aumentam como um todo, fazendo com que a escrita fique fora da tela, e isso prejudica ainda mais a compreensão.
Clareza sem redundância
Esse ponto é o mais importante de todos, pois afeta diretamente todo o público-alvo do negócio, e é extremamente prejudicial para pessoas com necessidades especiais.
É preciso tomar muito cuidado com o uso da norma padrão da língua portuguesa.
Para a maioria dos usuários, erros são extremamente deselegantes, e prejudicam o posicionamento da marca.
No entanto, quem faz leitura por softwares é prejudicado pois os sistemas simplesmente não conseguem ler.
É fundamental ter apreço à língua, e comunicar o máximo de conteúdo com o menor número de palavras, encontrando um equilíbrio.
Por exemplo, se há um campo de preenchimento obrigatório no cadastro, deixe claro. Apenas um asterisco não é suficiente. É um caractere pequeno para ser visto facilmente.
Coloque-se no lugar do outro
Empatia é uma palavra até mesmo banalizada nos dias de hoje, no entanto, o seu significado é fundamental para se criar um ambiente cada vez mais acessível para todos.
Ao acessar o seu e-commerce, tente utilizar como se fosse outra pessoa, desprovido das suas paixões pelo negócio, fazendo algumas perguntas:
O conteúdo é claro o suficiente?
Se eu não enxergasse direito, seria fácil usar?
Os menus estão organizados de forma intuitiva?
O layout se ajusta sem distorções em diversos aparelhos?
A acessibilidade digital é garantida pela constituição, e deve ser respeitada.
Nós somos especializados em criação de e-commerce, de modo que a sua empresa pode entrar no digital já como uma referência na acessibilidade.