O e-commerce brasileiro segue em ritmo acelerado de expansão. Somente no primeiro semestre deste ano, houve aumento de 13% na quantidade de pedidos realizados em ambiente virtual e 24% no faturamento do comércio eletrônico. Essas informações são da MCC-ENET, referência em métricas e indicadores do consumo online no país. Trata-se de um resultado de uma parceria entre o Movimento Compre & Confie(empresa que fornece segurança digital para compras na web) e o Comitê de Métricas da Câmara Brasileira da Economia Digital (camara-e.net).
É preciso considerar que o comércio está passando por transformações e que cada vez mais os consumidores querem resolver as suas necessidades do dia para a noite, de maneira ágil e eficiente. Por conta disso, os executivos estão sendo obrigados a se adaptar e acompanhar as tendências para não perder competitividade — empresários que tentaram manter os negócios iguais nos últimos tempos certamente perderam espaço no mercado. Atribuir tecnologia aos processos tem trazido resultados mais eficientes. E digo isso não apenas em relação ao crescimento das vendas no mundo digital, mas principalmente na hora da loja reter e atrair novos clientes.
O potencial da Internet das Coisas
A Internet das Coisas (IoT) ganha cada vez mais destaque no varejo e acredito que tem tudo para otimizar a entrega dos e-commerces. De forma resumida, o conceito é responsável por gerar a conexão de diversos dispositivos à internet. Chamados de objetos inteligentes, qualquer utensílio com o sistema consegue se comunicar entre si e com os usuários por meio de sensores, facilitando a execução de tarefas comuns. Para se ter uma ideia do potencial da inovação, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) estima que a IoT pode movimentar até US$ 132 bilhões na economia até 2025.
Uma vez que as pessoas estão buscando experiências digitais inesquecíveis, vejo que a Internet das Coisas pode oferecer jornadas de compras únicas, mais intuitivas, proporcionando autonomia e praticidade. Ao atuar com outras soluções que coletam e compartilham dados, ela é capaz de melhorar o atendimento ao cliente. Afinal, analisa hábitos de consumo e preferências, aprimorando o que chamamos de Customer Experience as a Service (CXaaS). A IoT também permite que os comerciantes impactem os consumidores por outros canais e não se limitando apenas pelo computador ou celular.
Um exemplo de recurso que faz parte da IoT (e é amplamente conhecido pelos brasileiros) é a Inteligência Artificial (IA). Neste caso, são os algoritmos criados para realizar tarefas e resolver problemas sozinhos. Além de oferecer elementos que permitem ao comerciante desenvolver melhores estratégias e campanhas personalizadas (que consequentemente aumentam as taxas de conversão de vendas), a IA também disponibiliza chatbots. São os famosos recursos que respondem dúvidas dos clientes de forma automática (e quase que imediata), informações sobre a plataforma — como a previsão de demanda e estoque — e ainda ajudam a reduzir possíveis erros humanos.
As oportunidades com a Internet das Coisas
Vivemos em uma sociedade hiperconectada e produzimos dados que são analisados o tempo inteiro. Ah, e você deve estar se perguntando como fica a questão da invasão da privacidade diante disso tudo. Pois saiba que debates a respeito do tema estão ocorrendo mundo afora.
A meu ver, o grande desafio do momento são as empresas transformarem esses dados em informações concretas, determinantes para alavancar o potencial do negócio. Também é preciso investir pesado no treinamento das pessoas para que elas estejam capacitadas e atualizadas de acordo com a evolução da tecnologia.
Mas uma coisa é certa, a Internet das Coisas veio pra ficar! Além disso, terá crescimento exponencial com a implantação do 5G no Brasil (logo mais um artigo sobre os impactos do 5G no crescimento do e-commerce). O que as empresas precisam é encontrar o melhor caminho para adequar tanta inovação e como transformá-la em melhoria contínua para o seu consumidor final. No mais, analise as oportunidades, porque hoje, inovar é essencial para a gestão de qualquer negócio.