A escolha dos meios de pagamento para e-commerce merece extrema atenção. Um dos principais motivos desse cuidado é que eles estão na lista dos motivos que levam os consumidores a abandonar seus carrinhos. Ou seja, isso tem influência direta na conversão de vendas online.
De acordo com um infográfico criado pela plataforma de marketing por e-mail baseada na nuvem Moosend, no ranking das dez razões que fazem um cliente desistir de uma compra online, três estão relacionadas ao pagamento, e elas incluem questões como falta de segurança e poucas opções de métodos de pagamento no checkout.
Sobre isso, é fundamental ter em mente que o volume de vendas no comércio eletrônico continua crescendo a cada dia. Isso significa que a preferência das pessoas pelas compras online só aumenta, exigindo que os varejistas adequem seus negócios para atender à demanda.
Apenas para você ter uma ideia desse cenário, dados da ABComm, Associação Brasileira de Comércio Eletrônico, mostram que a previsão de vendas no e-commerce é de R$ 185,7 bilhões para 2023, chegando a mais de R$ 273 bilhões em 2027.
Em quantidade de compradores online, são esperados quase 88 milhões em 2023, e mais de 102 milhões nos próximos cinco anos (até 2027).
Considerando esses dados, e o fato de os meios de pagamento para e-commerce serem um importante critério de conversão, o que você pode fazer para não perder nenhuma oportunidade de venda?
Quais formas e métodos de pagamento disponibilizar na sua loja virtual para não perder clientes e, indo mais adiante, fidelizá-los?
Siga a leitura deste artigo e confira, agora, as respostas para essas e várias outras perguntas relacionadas ao tema, visando potencializar as vendas do seu e-commerce!
Quais os impactos dos meios de pagamento para e-commerce?
Os principais impactos dos meios de pagamento para e-commerce são:
– ajudam a evitar que os carrinhos sejam abandonados no checkout;
– contribuem para as tomadas de decisão de compra dos consumidores;
– melhoram a experiência de compra do cliente.
A seguir, confira mais detalhes sobre cada impacto!
Ajudam a evitar que os carrinhos sejam abandonados no checkout
Seguindo o apontado pelo infográfico da Moosend que acabamos de mencionar, um dos principais impactos que os meios de pagamento causam no e-commerce se refere à conversão de vendas.
Dos dez motivos citados pelos entrevistados para abandonar seus carrinhos no comércio eletrônico, três têm relação direta com o momento de pagar pelas aquisições. São eles:
– 19% desistem de compras virtuais quando consideram que o site não é confiável para passar informações sobre o cartão de crédito;
– 8% deixam de comprar quando se deparam com métodos de pagamento limitados;
– 4% desistem da aquisição quando, por algum motivo, o cartão de crédito é recusado.
Somente aqui é possível ver três razões distintas pelas quais a escolha dos meios de pagamento para e-commerce é tão importante e impactante para o volume de vendas e sucesso de um negócio que faz vendas online:
– os pagamentos estão diretamente atrelados ao fator segurança;
– requerem a oferta de variadas opções para atender a todos os perfis de clientes;
– a função crédito continua sendo uma das preferidas dos consumidores.
Contribuem para as tomadas de decisão de compra dos consumidores
Os meios de pagamento para e-commerce também exigem a atenção dos gestores por outro motivo: eles têm uma relação direta com as tomadas de decisão de compra dos clientes.
De acordo com a pesquisa “State of Commerce 2022“, da empresa de software de gerenciamento de relacionamento Salesforce, os consumidores estão exigindo cada vez mais eficiência e flexibilidade nos pagamentos.
Conforme apontado pelo estudo, os pagamentos parcelados são um alívio frente ao aumento dos preços. Somada a essa percepção, processos de pagamento eficientes e jornadas pós-compra satisfatórias se tornaram diferenciais para gerar receita e fidelidade no varejo.
Melhoram a experiência de compra do cliente
A experiência de compra online do cliente é melhorada com os meios de pagamento em diversos momentos, mas, principalmente, quando esses métodos contemplam dois pontos:
– compreensão das necessidades dos consumidores;
– garantia de segurança no checkout.
Compreensão das necessidades dos consumidores
A jornada do consumidor e sua experiência de compra se tornam mais satisfatórias quando a varejista entende sua necessidade e o momento pelo qual está passando.
Por exemplo, ainda que o número de desbancarizados tenha caído no Brasil, há uma parcela de 16% da população adulta que continua sem vínculo com o sistema financeiro, segundo dados do Banco Central divulgados em uma matéria do site Exame.
Considerando esse cenário, se o comércio eletrônico não disponibiliza métodos de pagamento que não requerem vínculo com bancos, tais como o boleto bancário e a carteira digital, deixa de atender esse grupo de consumidores.
Isso afeta negativamente a experiência de compra online dessas pessoas e, ainda, pode-se perder boas oportunidades de vendas.
Garantia de segurança no checkout
Quanto à segurança dos meios de pagamento, vale lembrar que esse é um dos critérios que resultam no abandono de carrinhos no e-commerce, conforme comentado no início deste artigo.
Quando uma pessoa tem receio de informar dados do cartão de crédito em uma compra online, por exemplo, isso afeta totalmente sua jornada e experiência, bem como pode induzi-la a procurar outra plataforma de venda que se mostra mais segura.
Infelizmente, o volume de fraudes no Brasil continua alto. Para se ter uma ideia, 2022 fechou com 5,6 milhões de tentativas fraudulentas no comércio eletrônico. Dessas, a maioria está relacionada ao uso do cartão de crédito: R$ 5,8 bilhões em transações ligadas a esse meio de pagamento.
Quais meios e formas de pagamento oferecer no seu e-commerce?
As formas e os meios de pagamento para e-commerce devem ser diversos, a fim de atender diferentes grupos de consumidores e suas necessidades, com precisão.
Nas lista dos que podem ser oferecidos no comércio eletrônico estão:
formas de pagamento:
– à vista;
– a prazo;
– com data futura.
meios de pagamento:
– dinheiro;
– pagamento por aproximação;
– cartão de crédito;
– cartão de débito;
– cartão pré-pago;
– carteira digital;
– boleto bancário;
– pagamento recorrente;
– BNPL;
– link de pagamento;
– QR code;
– transferência bancária (TED);
– Pix.
Três formas de pagamento para o e-commerce
As formas de pagamento se referem à condição, isto é, como algo será pago. Ainda que o termo seja comumente usado para descrever os meios de pagamento – que, na verdade, são as ferramentas utilizadas para pagar uma compra -, esse contexto está mais atrelado à maneira como uma aquisição será saldada.
No Brasil, as formas de pagamento que podem ser oferecidas para os clientes são:
– à vista: a compra é quitada no momento em que o pedido é feito. Os métodos de pagamento que podem ser usados para isso são Pix, cartão de débito e dinheiro, entre outros similares;
– a prazo: o pagamento é feito posteriormente à aquisição, podendo ser de uma única vez ou parcelado. Para isso, o meio de pagamento mais usado costuma ser o cartão de crédito;
– com data futura: trata-se do pagamento único em uma data posterior, definida no momento da venda. O meio de pagamento que mais se encaixa nessa condição costuma ser o boleto bancário.
Como você pôde ver, as formas de pagamento estão diretamente relacionadas aos meios de pagamento.
Ou seja, na prática, um complementa o outro e, juntos, são essenciais para melhorar a experiência de compra dos clientes, visto que combinam diversas alternativas que elevam as chances de a oferta do varejista ir ao encontro das necessidades e preferências do seu público-alvo.
13 meios de pagamento para o e-commerce
Os meios de pagamento são as ferramentas que podem ser usadas para liquidar uma aquisição. Entre as diversas opções disponíveis no sistema financeiro nacional, estão os métodos digitais e os presenciais.
Dinheiro
Em um primeiro momento, pode soar um tanto estranho o dinheiro estar entre os meios de pagamento para e-commerce. Entretanto, se pensarmos em um varejo omnichannel, fica mais fácil entender essa oferta.
No caso, estamos falando de, por exemplo, permitir ao cliente escolher o produto na plataforma de vendas ou no aplicativo da marca, e realizar o pagamento com dinheiro em espécie no momento da entrega.
Esse é um formato um bastante comum em delivery de comida, mas que pode ser utilizado em diversos outros segmentos para atender a diferentes grupos de consumidores e, com isso, não perder nenhuma venda.
Sobre o uso desse método de pagamento, vale destacar que, apesar do crescimento e da adesão cada vez maior aos pagamentos digitais, ainda há muitas pessoas que preferem usar o dinheiro físico para pagar por suas aquisições.
Prova disso vem da pesquisa “Meios de Pagamento no Brasil”, realizada pela Fundação Dom Cabral com o apoio da Brink’s Brasil, a qual revelou que 53,4% da população brasileira ainda usam esse meio de pagamento.
Outra comprovação foi apresentada no infográfico “Meios de Pagamento – oportunidades e ameaças para o segmento”, da Gente/Globo, que destacou que o dinheiro em espécie é o método de pagamento mais usado pela população brasileira de renda mais baixa (71%).
Pagamento por aproximação
O pagamento por aproximação segue o mesmo princípio, ou seja, pode fazer parte de uma estratégia omnichannel no comércio eletrônico.
Quanto ao uso geral desse meio de pagamento entre os brasileiros, dados da Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços, Abecs, mostraram que ele foi responsável por movimentar R$ 572,4 bilhões em 2022, montante que representa um crescimento de 187,8% em comparação a 2021.
No total, o pagamento por aproximação foi usado da seguinte forma:
– cartão de crédito: R$ 316,2 bi (+184,5%);
– cartão de débito: R$ 155,5 bi (+168%);
– cartão pré-pago: R$ 100,6 bi (+238,4%)
Cartão de crédito
Um dos meios de pagamento para e-commerce mais tradicionais, o cartão de crédito segue no ranking dos métodos mais usados no Brasil.
Também segundo a Abecs, nas compras não presenciais de 2022, esse método foi responsável por transacionar R$ 679,5 bilhões, o que representa um aumento de 23,5% em comparação a 2021.
No total (incluindo vendas online e físicas), o ano em questão foi encerrado com R$ 2,1 trilhões movimentados, provenientes de 18,2 bilhões de operações feitas via cartão de crédito.
Aqui, é essencial destacarmos também que o cartão de crédito ajuda a fidelizar clientes, especialmente os do modelo private label, que são os oferecidos exclusivamente pela rede varejista e, como tal, só podem ser utilizados nas lojas físicas e/ou virtuais da marca.
Cartão de débito
É certo que o cartão de débito perdeu um pouco de espaço após a chegada do Pix. Entretanto, esse meio de pagamento no e-commerce ainda tem uma participação bastante significativa, logo, sua oferta não deve ser descontinuada.
A Abecs revelou que, nas compras não presenciais, o cartão de débito movimentou R$ 10,7 bilhões em 2022, uma queda de 20,6% do seu uso, mas, mesmo assim, um valor alto de transações financeiras online.
Cartão pré-pago
Já o cartão pré-pago tem se destacado. O mesmo relatório da Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços mostrou que esse meio de pagamento movimentou R$ 9,3 bilhões em compras remotas em 2022 – essa quantia representa 52,2% a mais do que o transacionado por esse método em 2021.
Apenas para você ter uma visão melhor do aumento do uso do cartão pré-pago entre os brasileiros, 2022 encerrou com o total de R$ 227,6 bilhões movimentados por esse método. Tal número representa um crescimento de 94,4% na sua utilização em comparação ao ano anterior.
Carteira digital
As carteiras digitais já foram apontadas em vários estudos como um dos meios de pagamento que serão mais utilizados pelo e-commerce em um futuro próximo.
Um bom exemplo é o relatório The Global Payments Report, de 2022, o qual previu que, até 2024, a expectativa é de que e-wallets, como também podem ser chamadas, sejam responsáveis por quase 52% de todo valor transacionado em vendas online de todo o mundo.
Boleto bancário
Como comentado anteriormente, o boleto bancário é uma ótima opção de pagamento para atender clientes que não têm relacionamento bancário.
E, além desse grupo de consumidores, sua oferta no checkout pode fomentar as compras dos clientes que têm acesso a outros meios de pagamento, mas que, por algum motivo, preferem não usar.
Um bom exemplo são as pessoas que ainda têm receio de informar dados do cartão de crédito nas plataformas de venda, ou aquelas que não querem comprometer o limite desse método de pagamento.
Pagamento recorrente
O pagamento recorrente é uma excelente alternativa para comércios eletrônicos que trabalham com serviços de assinatura, tais como clubes de vinho, livros e cosméticos, entre vários outros.
Uma das grandes vantagens desse meio de pagamento é que ele ajuda, e muito, a melhorar a experiência de compra dos clientes. O motivo é que se trata de um modelo de cobrança automático que, uma vez autorizado pelo comprador, não requer mais nenhuma ação da sua parte para ser concluída.
Para quem vende, entre os principais benefícios estão a contribuição para reduzir a taxa de inadimplência e a previsibilidade mais precisa do faturamento.
BNPL
O BNPL funciona como uma espécie de carnê digital. A sigla usada para representar o termo em inglês Buy Now, Pay Later – que na tradução significa “compre agora, pague depois” – é um meio de pagamento que permite ao cliente pagar suas compras a prazo, sem precisar do cartão de crédito para isso.
Na prática, a quantidade de parcelas e as condições são definidas pelo lojista, e o crédito disponibilizado direto para o cliente, sem intermediários como bandeiras de cartão e outros similares.
Segundo o relatório da empresa Worldpay, a previsão é de que o BNPL se torne o método de pagamento usado em aproximadamente 5,3% das compras online até 2025.
Link de pagamento
Os links de pagamento têm a vantagem de serem práticos, simples de serem usados e, principalmente, democráticos, pois atendem bem mesmo os clientes que não dispõem de meios de pagamento como cartão de débito ou cartão de crédito, entre outros.
Ele é um endereço eletrônico no qual estão registradas todas as informações de cobrança, tais como valor da compra, data de vencimento, conta destino da quantia a ser recebida e afins.
Uma vez gerado, o link de pagamento pode ser enviado via SMS, e-mail, aplicativo de troca de mensagens, redes sociais, e outros canais eletrônicos, contribuindo também para melhorar a experiência de compra do cliente.
QR code
O QR code é semelhante ao link de pagamento no que se refere ao armazenamento das informações relativas à cobrança.
Seu diferencial fica por conta do formato (um código de barras 2D quadrado) e da dinâmica de pagamento. No caso do QR code, é preciso que o cliente aponte a câmera de um dispositivo móvel conectado a uma solução de pagamento para realizar a transação financeira.
No mais, ele ajuda a deixar a etapa de pagamento tão fluida e rápida quanto os demais métodos de pagamento que podem ser oferecidos no e-commerce. Inclusive, pode ser usado pelos consumidores que só trabalham com carteira digital.
Transferência bancária (TED)
Na lista de pagamento para e-commerce, a transferência bancária também deve ser uma opção para os clientes.
Um dos motivos é que, segundo uma reportagem da Febraban, Federação Brasileira de Bancos, em uma análise realizada sobre os meios de pagamento mais usados no Brasil em 2022, a TED foi a ferramenta que mais transacionou valores: ao todo, foram movimentados R$ 40,7 trilhões via Transferência Eletrônica Disponível.
Considerando o número de transações feitas com esse meio de pagamento, a transferência bancária ocupa o 5° lugar, atrás do boleto bancário (4° lugar), do cartão de débito (3°), do cartão de crédito (2°) e do Pix (1°).
Pix
Por falar em Pix, sem dúvida alguma, esse se tornou um dos meios de pagamento para e-commerce mais importantes de serem disponibilizados para os clientes.
Consolidado como o método de pagamento mais usado pelos brasileiros em 2022, conforme a matéria da Febraban que mencionamos, ele fechou o ano em questão com um total de 24 bilhões de transações realizadas, quantidade que dá uma média de 66 milhões de operações por dia.
E, a cada dia, o sistema de pagamentos instantâneo bate novos recordes. Segundo dados do Banco Central, mencionados em outra matéria da Febraban, no dia 6 de abril de 2023, foram realizadas 122,4 milhões de transferências via Pix em 24 horas.
Ou seja, deixar de oferecer esse método está totalmente fora de cogitação. Além disso, o Pix tem potencial para aumentar as vendas no e-commerce, de acordo com varejistas.
Entre os diversos motivos que transformaram esse meio de pagamento no preferido dos brasileiros, a praticidade, a rapidez e a segurança se destacam.
Para quem vende, vale citarmos que essas mesmas características tornam o Pix um importante conversor de vendas online, inclusive com potencial para fomentar as compras não programadas.
No que se refere à gestão do e-commerce, o sistema de pagamentos instantâneo tem a vantagem de gerar menos custos para os lojistas – especialmente em comparação aos praticados pelos cartões de crédito -, bem como melhora o fluxo de caixa, visto que o valor é liberado em bem menos tempo na conta do varejista.
Como escolher um meio de pagamento para o comércio eletrônico?
Agora que ficou mais clara a relação entre e-commerce e formas de pagamento, resta apenas entender quais critérios considerar na hora de escolher as melhores maneiras de viabilizar o pagamento online e físico, levando em conta as compras omnichannel.
O primeiro ponto que você precisa ter em mente é que o cliente deve estar sempre no centro das suas estratégias. Ainda que o objetivo seja aumentar o volume de vendas, isso não acontecerá se o consumidor não tiver uma boa experiência de compra.
Por isso, é preciso se atentar ao perfil do seu público-alvo e a suas preferências de formas e meios de pagamento.
O segundo ponto se refere à garantia de uma experiência de pagamento sem fricção. Para isso, é fundamental que o e-commerce utilize uma plataforma de pagamentos online robusta, moderna, que permita a inclusão de variados métodos de pagamento, e que absorva grandes volumes de venda.
Desse modo, você consegue relacionar as necessidades e as expectativas dos seus clientes à oferta de soluções de pagamentos atualizadas e, principalmente, seguras.