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Meta Ads vai ficar mais caro em 2026: veja como evitar perdas na sua estratégia

Por: Wesley Dias

Fundador da Clique Web Marketing

Especialista em E-commerce e Marketing Digital, atuando desde 2010 no desenvolvimento de estratégias para aquisição, conversão e fidelização de clientes. Com ampla experiência em operações digitais, automação e análise de dados, auxilia empresas a escalarem suas vendas online com alta performance.

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A Meta anunciou mudanças importantes que vão impactar diretamente quem anuncia no Brasil. A partir de 1º de janeiro de 2026, os custos de anúncios sofrerão ajustes por conta da reforma tributária e da decisão da empresa de repassar impostos que antes eram absorvidos.

Tela de laptop exibindo o Meta Ads Manager com campanhas ativas e orçamentos.
Imagem gerada por IA.

O aumento estimado é de 12,15%. Para times de finanças, compras, mídia e marketing, isso significa que o planejamento precisa mudar agora.

1. Entenda o que muda na prática

– Tributos novos (CBS e IBS): em 2026, entram em fase de testes com alíquota simbólica de 1%. Não impactam o valor final da fatura.

    – Repasses de impostos atuais (PIS/Cofins e ISS): a Meta deixará de absorver esses custos e eles passarão a ser cobrados na fatura. Isso gera o aumento de 12,15% no desembolso.

    – Nota fiscal e cobranças: a fatura e o boleto incluirão o orçamento da campanha + impostos. No Ads Manager, o valor exibido será apenas o orçamento líquido (sem impostos).

    Exemplo: se sua empresa planeja gastar R$ 1.000 em campanhas pós-pagas, o orçamento real deve ser R$ 1.138,30.

    2. O que as equipes de finanças e compras precisam fazer

    – Replanejar o orçamento anual: todos os valores previstos para mídia precisam considerar o acréscimo de 12,15%.

      – Revisar centro de custos: garanta que as áreas envolvidas entendam que o Ads Manager exibirá apenas o valor líquido (sem impostos). O desembolso real será maior.

      – Avaliar créditos tributários: dependendo do regime tributário da empresa, parte desse valor pode ser recuperado como crédito. É hora de conversar com o fiscal/contábil para entender o impacto real no caixa.

      Ação imediata: refaça o DRE projetado do próximo ano incluindo a nova alíquota para não ser pego de surpresa.

      3. O que a equipe de marketing e mídia precisa fazer

      – Ajustar o planejamento de campanhas: se o budget total não aumentar, a entrega será menor (menos impressões, menos cliques).

        – Negociar incremento de verba: com base nos resultados já gerados, defenda internamente a necessidade de aumentar o investimento bruto para manter os mesmos níveis de alcance.

        – Otimizar criativos e segmentação: com mídia mais cara, não dá para desperdiçar. O criativo certo faz diferença entre pagar caro por clique ou escalar com eficiência.

        Ação imediata: refaça as simulações no Ads Manager considerando o valor líquido que será entregue após impostos.

        4. Estratégias práticas para reduzir o impacto

        1. Melhorar o ROAS das campanhas atuais: teste novos criativos, públicos e ofertas. Um aumento de 10% no ROAS já neutraliza quase todo o impacto dos 12,15%.

        2. Aumentar ticket médio e LTV: se cada cliente vale mais, o aumento no custo por aquisição pesa menos no resultado final.

        3. Revisar mix de canais: avalie se Google Ads, CRM, afiliados ou influenciadores conseguem absorver parte da demanda com ROI melhor.

        4. Automatizar otimizações: use ferramentas de inteligência para reduzir desperdícios em campanhas.

        5. Negociar com fornecedores de mídia e parceiros: alinhe com agências e consultores ajustes contratuais já considerando a mudança.

        5. O que cada área deve monitorar a partir de agora

        – Finanças: desembolso real, créditos tributários, impacto no fluxo de caixa.

          – Compras: contratos com agências e fornecedores de mídia, revisando cláusulas de reajuste.

          – Mídia: custo por resultado (CPA, CPM, CPC) já ajustado com impostos.

          Marketing: performance criativa e estratégias de aquisição vs. retenção.

          Conclusão

          O aumento de custos do Meta Ads é inevitável, mas não precisa ser um problema se cada área fizer sua parte.

          No fim do dia, a chave é alinhar estratégia, orçamento e execução. Ajustar antes da virada de 2026 é a diferença entre continuar crescendo ou ver a performance cair.

          Pergunta que fica: sua empresa já recalculou os números considerando +12,15% na fatura de mídia? Se ainda não, a hora é agora.