Você provavelmente já ouviu falar em “dor do crescimento”, não é mesmo?
É ótimo ver que os resultados crescem e as vendas aumentam, mas se o seu site não é mais capaz de acompanhar esses progressos, é hora de considerar uma migração.
Além de permitir uma solução mais escalável e positiva para seu e-commerce, o site pode estar precisando de reconstrução em certos pontos, como estrutura do site, experiência do usuário, melhora na qualidade de conteúdo, segurança e performance.
Ao mesmo tempo que a migração tem efeitos muito positivos quando finalizada, ela pode ser um “pesadelo” para quem a fará.
Para que o seu e-commerce não seja tão prejudicado e as métricas de tráfego não sejam atingidas negativamente, é interessante levar em conta o SEO evitando erros comuns no momento de migrar.
É importante entender que em quase toda migração de plataforma são necessários redirecionamentos, o que por si só já causa um dano natural, resultando em uma perda de até 15% de autoridade.
Tipos de migração
Primeiro, você já sabia que existia mais de um tipo de migração? Continue lendo e vou te explicar brevemente quais existem e para que servem.
– Migração de domínio: acontece quando há mudança na marca ou reposicionamento.
– Migração HTTP > HTTPS: como protocolo de segurança.
– Migração de layout: aproveitando uma migração de layout, já se mudam a estrutura e a organização de alguns URLs para maiores impactos de médio a longo prazo. Acontecem redesenhos de layout, pensando em uma experiência visual do usuário.
– Migração de plataforma: o domínio permanece o mesmo, mas há mudança em todos os URLs, promovendo alterações na tecnologia, layout, estrutura e arquitetura web. Por trás de uma migração de plataforma, sempre haverá uma migração de layout.
Importância de ter o SEO em conta no processo de migração
A migração vai muito além de uma proposta de melhora no marketing, influenciando diretamente no tráfego do seu site. Como eu já disse anteriormente, todo esse processo pode ser um pouco desconcertante, mas não há por que temer.
Ao identificar os gaps de forma detalhada e descritiva, não há nada que um conjunto de estratégias inteligentes e um planejamento não possam fazer!
E é por isso que pensar em como a migração pode afetar o SEO do site é importante. Assim, todas as ações serão levantadas e executadas de forma cautelosa para que o impacto no tráfego não seja estrondoso.
Caso contrário, isto pode acontecer:
Fatores que podem prejudicar a migração e como evitá-los
Permitir que o site de teste seja indexado
Existem alguns motivos pelos quais não é muito interessante permitir que o Google indexe seu site de teste:
1. Visitantes na página antes do momento certo.
2. Canibalização massiva, impedindo uma boa classificação.
Então, é importante incluir em seu processo a atualização do arquivo robots.txt para evitar inconsistências e um rastreio desnecessário, beleza?
E evitar isso é simples – basta usar a meta robots tag na seção <head> com o atributo noindex.
Redirecionar páginas em massa para a homepage
Apontar todas páginas para a página inicial pode ser um grande erro. Esse redirecionamento em massa pode economizar um bom tempo, mas pode comprometer a autoridade de seus links.
Minha dica é que cada página antiga que você redirecionar vá para uma página com conteúdo equivalente, evitando dores de cabeça desnecessárias.
Em casos de produtos, podemos fazer redirecionamentos equivalentes de acordo com o ID ou o SKU do produto diretamente, reduzindo essa carga de trabalho braçal.
Utilizar do tempo que você dispõe para realizar os processos com paciência é fundamental para uma migração bem sucedida.
Não redirecionar recursos não HTML
Alguns recursos não HTML, como PDFs e imagens, podem trazer um tráfego muito bom para a página, e muitas vezes no processo de migração eles são completamente esquecidos, e não são redirecionados da forma correta. Ao manter o tamanho das imagens e o nome dos arquivos iguais aos da página anterior, você assegura a indexação do site, permitindo até um melhor desempenho orgânico.
Além disso, o próprio GSC (Google Search Console) tem um campo específico no qual apresenta o tráfego vindo das imagens.
Não avisar GSC quando houver migração de domínio
O Google Search Console possui um espaço com uma ferramenta para informar quando houver migração de domínio, então utilize-a! Além de ser um processo simples, o Google vai perceber sua mudança mais rápido e atualizar seu índice com as novas informações, removendo todos os URLs antigos da SERP.
Não enviar novos sitemaps para o GSC
Com um novo site, pode vir uma nova estrutura.
Envie o novo sitemap para o GSC, e você verá como o processo de indexação será rápido. Ainda mais se mantiver o antigo. E por quê? Ele ajuda a descobrir os redirecionamentos, aumentando a indexação do site.
Ignorar estruturas de URL e realizar alterações desnecessárias
Fazer isso pode ser um grande erro ao reestruturar o seu site, principalmente se você decidir ignorar a estrutura do novo site e dos conteúdos já existentes.
O trabalho dos mecanismos de busca pode ser dificultado no momento de redescobrir e rastrear suas páginas. Esse pequeno gap pode comprometer a velocidade do site, por conta dos excessos de redirecionamento.
Se os URLs já estão bem classificados, por que arriscar alterá-los? Muitas vezes, o que já está bom não precisa ser consertado. Mas em casos necessários as alterações são bem-vindas, Só que normalmente o indicado é mantermos os mesmos URLs de produtos e categorias, quando possível.
Não migrar os titles e meta descriptions
Um fator recorrente na queda de tráfego…
Os títulos, além de ter grande influência na classificação, são um grande incentivo para o usuário.
Caso tenha recursos, é interessante que os titles sejam alterados, fomentando o fator freshness.
Não rastrear páginas de erro
O medo de migrar e se encontrar com vários erros 404 é grande, já que isso impacta significativamente a performance do SEO.
Para evitar que isso aconteça, você pode utilizar ferramentas como o Screaming Frog simulando o rastreio do site – elas ajudam a identificar essas páginas de erro no site teste.
Após a identificação dos erros, você precisa encontrar uma página para substituí-los adequadamente, evitando perder palavras-chave valiosas e de grande influência no seu ranking.
Utilizar redirects 302
302 são redirecionamentos temporários. O o Google geralmente considera o fator temporário e não reindexa para o novo URL, tampouco considera a transferência de autoridade e relevância. Opte por redirecionamentos 301, já que eles comunicam a mudança permanente de uma página, melhorando, assim, o desempenho da nova página e facilitando a busca dos mecanismos.
Esquecer de verificar seu arquivo robots.txt
Utilizar as tags de permissão e bloqueio de fato otimizam o trabalho dos crawlers. E muitas vezes a verificação do arquivo robots.txt é deixada para trás, fazendo com que eles percam tempo rastreando páginas desnecessárias.
Então certifique-se de adicionar isso à sua checklist de migração, verificando pequenos detalhes como esse.
Não proteger backlinks
É difícil conquistá-los, então, para protegê-los, é importante não quebrar suas páginas mais vinculadas e atualizar os links para poder acompanhar o novo site, sempre que possível.
Você pode utilizar ferramentas como Ahrefs, Moz ou Majestic para essa identificação de páginas mais vinculadas. Também é possível fazer isso pelo Google Search Console.
Canonicals mal direcionadas
A tag “canonical” é muito importante, principalmente quando há um conteúdo duplicado e um deles precisa ser apontado como o principal que o Google deve indexar.
No momento de migrar, procure a referência canônica nas URLs e se atentepara a alteração delas, para que isso não afete a indexabilidade do novo site.
Não atualizar hreflangs markups
Essa marcação tem um papel importante no que será entregue nas buscas em diferentes países, fazendo com que haja mais assertividade nos resultados.
É necessário referenciar os URLs para evitar que os crawlers confundam seu rastreio.
Não migrar regras noindex e nofollow nos níveis de página
Revisar as meta robots tags é interessante, já que ninguém quer páginas privadas ou de baixa qualidade visível aos usuários sendo indexadas, não é mesmo?
Não aproveitar para fazer a recategorização junto com a migração
Ao migrar de site, considere uma recategorização. Ela possibilita a melhoria da arquitetura e evita conteúdos duplicados ou sobrando…
Isso pode ser relacionar com um erro de desconsideração de conteúdos duplicados. E-commerces podem incluir novas categorias e, ao migrar as antigas e esquecer de referenciar páginas “legítimas”, podem levar os crawlers a uma indexação sem necessidade.
Remoção de páginas importantes da navegação
A navegação do usuário dentro da página é muito importante. Por isso, quando uma empresa vai realizar uma migração, acaba optando por reestruturar a hierarquia do site, mas fazer grandes alterações ou remoções pode ser um fator prejudicial.
Exterminar base de dados
Quantos e quantos casos de perda de tráfego pós-migração? Uma das causas com certeza pode ter sido o extermínio da base de dados.
Mantê-la a mãos facilita no conserto de muitos erros, já que os desenvolvedores podem reutilizar os códigos, tornando o processo menos árduo. Também serve como comparativo com a nova versão.
É recomendável atualizar os dados de ambos sites e armazená-los em diferentes lugares, garantindo a segurança deles.
Não ter um processo de monitoramento e lista de verificação pós migração
Por mais que você já tenha todos os requisitos e evitado ao máximo possíveis erros no momento de migração, é essencial se atentar ao que acontece depois, monitorando o desempenho da migração e como os mecanismos de buscas reagem a ela.
Para isso, você pode seguir algumas dessas indicações também. Confira!
– Monitore seu tráfego e analytics
– Acompanhe os rankings de palavras-chave
– Monitore a indexação de suas novas páginas
– Teste seu arquivo robots.txt
– Revise os tempos de carregamento da página antes e depois da migração
– Fique de olho nos seus redirecionamentos 301
– Solicite indexação de novas páginas no Search Console
– Monitore o Search Console em busca de erros
Ferramentas que auxiliam na migração do site
Como dito anteriormente, o Google Search Console conta com uma ferramenta interessante que auxilia no momento de mudar o endereço e nos avisa de mudanças constantes. Como você pode ter visto previamente, ele pode ser essencial para suas análises. Você sabe como utilizá-lo?
Já Ahrefs, Moz e Majestic auxiliam na identificação de páginas vinculadas, desempenho e palavras-chave de maior potencial.
Uma das maiores dúvidas no momento de migração é: o meu site está sendo indexado da forma correta?
Para um desencargo de consciência, você pode utilizar ferramentas como Screaming Frog, que simulam a primeira etapa do Google, o rastreio, para saber como os mecanismos de busca reagem às novas páginas.
Vantagens de uma migração no e-commerce
Uma migração exige uma grande entrega de tempo e energia. Realizá-la sem um planejamento pautado e uma definição clara de seus objetivos pode ser o maior erro dentre os que citei anteriormente.
Busque profissionais qualificados para realizar essa migração!
E apesar de existir um grande receio nessa transição, é importante saber que ela pode trazer impactos muito positivos tanto para o usuário quanto para o próprio e-commerce.
O usuário passa a ter uma experiência mais positiva, maior navegabilidade e usabilidade. E com um retorno positivo vindo do usuário, as taxas de rejeição diminuem, os cliques aumentam e as conversões também… Sem contar outras variantes indispensáveis do comportamento do usuário.
Tudo isso figura de forma positiva no seu e-commerce.
Obrigado por ler até aqui.
Câmbio, desligo!