O segundo semestre é, sem dúvidas, o mais competitivo do varejo. Black Friday, Natal, campanhas sazonais e metas apertadas colocam pressão em todas as pontas. Mas, em 2025, quem ainda está focando só em “vender mais” pode estar perdendo o ponto central da virada: entender o comportamento do consumidor e agir com inteligência.

Com jornadas cada vez mais imprevisíveis e consumidores hiperconectados, o que realmente move a conversão é o contexto. Não basta ter preço, produto e mídia – é preciso estar no momento certo, com a mensagem certa, no canal certo. E, para isso, relacionamento com cliente e automação deixaram de ser suporte e passaram a ser estratégia.
A venda acontece quando o comportamento é compreendido
Muita gente olha para o CRM como uma base de contatos ou uma ferramenta de disparo. Mas o verdadeiro valor está na capacidade de observar padrões, interpretar sinais e responder com ações automatizadas, mas relevantes.
O consumidor que visitou uma página de produto e saiu não está apenas “curioso”. Ele pode estar comparando, esperando um incentivo ou reagindo a um frete pouco atrativo. Ignorar esse dado e tratá-lo com a mesma régua de quem já está engajado é desperdiçar uma oportunidade.
O mesmo vale para clientes inativos há mais de 90 dias, ou para quem compra sempre o mesmo tipo de item. O comportamento do cliente é um mapa. A inteligência comercial está em saber interpretá-lo.
Comportamento ≠ intenção. Mas comportamento + ação = resultado
Observar o comportamento é só o primeiro passo. O diferencial está em reagir de forma prática. E isso só acontece quando você estrutura automação com estratégia.
Veja alguns exemplos simples e altamente eficazes:
– Recuperação de carrinho baseada em categoria + ticket médio
– Campanhas de recompensa para quem costuma comprar em ciclos
– Reativação segmentada por tempo de inatividade e histórico de produto
– Cross-sell com base no comportamento pós-compra
Tudo isso pode (e deve) ser automatizado, mas com inteligência estratégia, não com fórmulas prontas.
A inteligência está no detalhe (e na personalização em escala)
O desafio dos próximos meses não será “fazer campanha”, mas sim escalar relevância. E isso só acontece quando a personalização é estruturada com base em dados reais.
Quem compra uma vez pode comprar duas. Quem interage pode converter. Quem abandona pode voltar. Mas só se houver acompanhamento, contexto e estímulo certo.
Essa é a principal função do CRM moderno: não apenas registrar o cliente, mas prever, ativar e reter com base em comportamento. Se os meses anteriores serviram para ajustar ferramentas, o segundo semestre é o momento de colocar em prática tudo o que foi estruturado. E isso passa por olhar menos para “o que vender” e mais para “para quem vender, quando, por qual canal e com qual argumento”.
O futuro do e-commerce não está apenas na aquisição, mas na qualificação do relacionamento com a base que você já conquistou. E isso começa agora.