Uma Pesquisa de Consumo Inclusivo da McKinsey, feita em outubro de 2021, revelou que dois em cada três norte-americanos disseram que seus valores sociais agora moldam suas escolhas de compras. Ou seja, mais de 66% dos entrevistados confirmaram o que estamos vendo no mercado há algum tempo: consumidores cada vez mais exigentes e preocupados com as iniciativas das empresas que consomem, gostam, recomendam e apoiam.
Construindo um ambiente digital inclusivo
E não para por aí: eles querem se sentir representados nos produtos e serviços, e querem ver que isso acontece de dentro para fora – não apenas no resultado final. Já se foram os dias em que apenas a qualidade e o preço do produto influenciavam as tomadas de decisão. Um número crescente de pesquisas comprova os benefícios do investimento em diversidade e inclusão dentro e fora das companhias quando olhamos para o longo prazo.
Um estudo do McKinsey Global Institute e da FCLT Global mostrou que empresas que operam com um legítimo mindset voltado para o longo prazo tomaram decisões críticas a respeito e, como resultado, tiveram crescimento de receita 47% maior do que empresas que não operam assim, além de demonstrarem maior rentabilidade e menor volatilidade nos negócios. Ou seja, ferramentas e iniciativas focadas na longevidade do negócio geram mais resultados e previsibilidade.
As plataformas e redes sociais não ficam de fora do tema e têm um grande impacto nessas escolhas. O estudo Body Image Study 2021, da YouGov, apontou para o fato de que para 76% dos adultos nos Estados Unidos a mídia promove uma imagem corporal inatingível para as mulheres. É difícil se sentir inspirado quando não nos sentimos representados. É por isso que dizemos que a inspiração começa com a inclusão e com a representatividade.
Os esforços para promover e manter um ambiente digital saudável são mais eficazes quando envolvem todo o ecossistema em que a marca está inserida: das parcerias com criadores de conteúdo à presença nas plataformas sociais e campanhas publicitárias. É nítido como muitas empresas amadureceram no tema, mas ainda há muito espaço e oportunidade.
Responsabilidade e impacto nas empresas
As empresas e plataformas precisam continuar desenvolvendo campanhas, experiências e produtos inclusivos. Quando se trata de inspiração e representatividade, por exemplo, o Pinterest implementou recursos que permitem aos usuários selecionar não só o seu próprio tom de pele e tipo de cabelo, mas também adicionou uma tecnologia de tipo corporal – fazendo com que as pessoas se sintam representadas nos conteúdos que consomem -, tornando-os mais relevantes, o que naturalmente gera uma maior propensão ao consumo.
Evitar os pensamentos voltados para grupos específicos ou cair na inércia de pensar que o mundo em que vivemos é aquele em que “eu vivo” é um bom lugar para começar. É necessário cada vez mais expor as organizações e seus líderes a perspectivas diferentes, visando sempre à diversidade e à inclusão. Trabalhando em conjunto, as empresas poderão tomar medidas em direção a uma mudança positiva e necessária, e o consumidor espera isso das marcas, e já faz tempo. Esperamos que esse movimento ganhe cada vez mais força e que, cada vez mais, cada um de nós se sinta representado com suas semelhanças e diferenças no conteúdo que consome.