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O mito do número 7: por que esse número NÃO te ajuda a vender mais?

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Por: Gustavo Ferreira

Business Consultant, Entrepreneur and Best-Seller Author

Gustavo Ferreira é empresário, atua com consultoria de marketing e negócios para clientes no Brasil, Austrália, Canadá e Estados Unidos; realiza palestras, cursos e treinamentos presenciais e on-line e é professor convidado da PUC-RS para cursos de especialização e MBA em Marketing, sobre o tema Gatilhos Mentais; Gustavo é co-fundador da Agência Adcraft Lab, agência especializada em criativos para anúncios em escala, já gerou mais de 40 milhões em vendas para seus clientes, e gerencia mais de 7 milhões de dólares em campanhas de publicidade online. Gustavo Ferreira é autor do best seller "Gatilhos Mentais: o Guia completo com Estratégias de Negócios e Comunicações Provadas para você aplicar", que já vendeu mais de 300 mil cópias, e é nº1 em vendas na Amazon, e de “Copywriting: Palavras que Vendem Milhões”, entre outros livros. Seu último lançamento é o “Cartas de Ouro para Empreendedores”, um guia prático para quem deseja ter um negócio de sucesso. O livro traz métodos eficientes para prospectar clientes e aumentar o impacto da marca.

Há muitos e muitos anos, o mercado foi inundado de produtos oferecidos com o número “7” como último dígito do preço: “R$ 47, R$ 27, R$ 997”…

A lenda diz que grandes copywriters do passado realizaram milhares de testes e concluíram que preços terminando em “7” vendiam mais.

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Saiba por que o número 7 nos preços não é um truque mágico e descubra a verdadeira estratégia por trás da conversão.

Mas… será que vendiam mais mesmo?

Resposta curta: não.

Resposta longa: particularmente, já realizei dezenas de testes e acompanhei outras dezenas semelhantes, experimentando um mesmo produto com diferentes pontos de preço, alterando apenas o último dígito. No total, mais de um milhão de cliques foram analisados ao longo desses testes.

Agora, aqui está algo interessante:

O preço que menos converte é o “R$30”

Nos testes que realizei, para valores entre R$ 21 e R$ 29, não há nenhuma estatística relevante que demonstre que um dígito específico gere mais ou menos vendas.

Mas um padrão engraçado foi observado: o preço com a menor conversão foi exatamente R$ 30. E já vou explicar o porquê.

O verdadeiro motivo da conversão

O motivo não está no número “7”, mas sim em um gatilho mental chamado contraste, que provoca um arredondamento cerebral.

Exemplo:

– Um produto de R$ 100 parece “caro”.
– O mesmo produto por R$ 99 parece “menos caro” porque o cérebro percebe “90” como menor que “100”.

Da mesma forma, R$ 29,99 ainda parece melhor que R$ 30, porque o cérebro “lê” 29 e arredonda para baixo.

Não é sobre um número mágico, mas sobre a forma como lemos e interpretamos textos.

Outros truques cerebrais

Além do arredondamento, há outros mecanismos que influenciam a percepção de preço.

Exemplo:

– Uma taxa de juros de 1% parece muito mais alta do que uma taxa de 0,99%, porque o cérebro lê “menos de 1%” como algo insignificante, quase zero.

Agora, considere um caso ainda mais extremo.

Exemplo:

– Preço cheio: R$ 2.000
– Pagamento à vista: R$ 999

Parece uma diferença enorme, certo? Mas, além de reduzir de R$ 2 mil para R$ 1 mil, a percepção se torna ainda maior porque o preço caiu para “menos de mil reais”.

A estratégia real de preços

Uma estratégia de precificação eficiente não depende do último dígito, mas da percepção do público.

Na próxima vez em que revisar seus preços, pergunte-se: “Os valores atuais estão criando saltos visíveis e gerando contraste suficiente para o meu público?”

Se a resposta for não, talvez seja a hora de repensar. Pequenos ajustes, com ou sem o número 7, podem gerar grandes resultados.

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