Estimulada por práticas positivas na área ambiental, social e de governança, a importância do programa ESG vem crescendo nas empresas. O estudo “Tendências de RH 2023” elaborado pela Korn Ferry, revelou que 67% das empresas no Brasil já adotaram o ESG como um pilar estratégico. No entanto, 33% ainda não o seguem. O relatório também indicou que 75% das empresas planejam adotar as práticas entre os próximos 12 a 18 meses, mas 25% comentaram não ter esse propósito.
O relatório foi feito entre junho e julho, com os dados tabulados e analisados no final de 2023. Com a participação de 625 empresas em países da América Latina: Argentina (125 participantes), Brasil (265 participantes), Chile (117 participantes), Colômbia (78 participantes) e Peru (67 participantes), o levantamento destaca os resultados do Brasil.
O sócio e líder de soluções digitais da Korn Ferry Brasil, Rodrigo Accarini, destacou que após a pandemia as relações de trabalho e negócios se tornaram mais significativas, aumentando o engajamento com a agenda ESG. “As relações trabalhistas, pessoais e de negócios se tornaram ainda mais expressivas e relevantes após a pandemia, mesmo que haja agenda consciente nas pautas ambientais, sociais e de governanças há muitos anos, há um maior engajamento agora. Vamos lembrar que a adoção dessas políticas, com maior transparência, gera confiança para investidores, fortalece as comunidades locais, faz inclusão de grupos vulneráveis e cria laços de responsabilidade com a sustentabilidade brasileira e mundial”, relatou.
O estudo identificou as prioridades ESG, que incluem a redução de emissões, uso de energias renováveis, uso eficiente de recursos, investimento em projetos filantrópicos e políticas de recursos humanos alinhadas aos valores da empresa. Mesmo com a adesão favorável, 54% das empresas ainda não determinaram suas metas para as estratégias ESG.
Além disso, na pesquisa também foi indicado que CEOs e executivos têm a maior responsabilidade na implementação dessas políticas. Existe também a influência das metas ESG nos bônus, variando de 10% a mais de 30%.
Como complemento, a estrutura organizacional das empresas também é impactada, pois 74% das empresas têm um conselho de administração para cuidar da agenda e 52% têm comitês relacionados à agenda. Uma grande parcela (86%) possui um comitê dedicado à governança e acompanhamento das metas ESG.