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E-commerce no Brasil salta volume de negócios de R$ 35 bi para R$ 196,10 bi entre 2016 e 2023

Por: Lucas Kina

Jornalista e repórter do E-Commerce Brasil

Uma série de órgãos públicos, sob comando do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), anunciou um dashboard sobre dados do e-commerce nacional entre 2016 e 2023. A ideia é nortear ações futuras do setor com base no comportamento do passado, além de criar mais informação a respeito da evolução do Brasil neste quesito.

De acordo com informações compartilhadas em coletiva na manhã desta terça-feira (3), em formato híbrido, o e-commerce brasileiro percorreu um caminho extremamente positivo nos últimos anos. No retrospecto analisado e divulgado no dashboard, por exemplo, o volume de negócios saiu de R$ 35 bilhões para R$ 196,10 bilhões em oito anos.

Conforme divulgado, no ano passado, o e-commerce do Brasil também se concentrou, principalmente, no Sudeste. Por região, segundo dados colhidos pelo Ministério sobre vendas, o cenário sudestino representou 73,4% do mercado, sendo R$ 144 bilhões de R$ 196,10 bilhões totais. A título de comparação, o Sul, segunda localidade mais importante no país, chegou a R$ 30 bilhões no mesmo índice.

Ainda no recorte regional, com predomínio do Sudeste em todos os aspectos, destacam-se:

  • R$ 109 bilhões registrados nas compras por região;
  • R$ 610,53 bilhões em valor total bruto por região emitente;
  • R$ 463,64 bilhões em valor total bruto por região destinatária.

Já em termos de categoria mais comercializadas no e-commerce em 2023, estão Smartphones, livros, televisão, refrigeradores e congeladores (freezers).

Estes e outros dados estão disponíveis no Dashboard de E-commerce, no Observatório do Comércio Eletrônico.

Participação E-Commerce Brasil

A novidade foi lançada pela Secretaria de Desenvolvimento Industrial, Inovação, Comércio e Serviços (SDIC), em parceria com a pasta em questão. Isso aconteceu durante a 3ª edição da Reunião da Câmara de Comércio e Serviços Conectados ao Varejo do Fórum MDIC de Comércio e Serviços (FMCS).

Além disso, o encontro teve representantes do mais diversos tipos relacionados ao e-commerce. Entre eles, estão órgãos de pesquisa e entidades como Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV), Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm).

O E-Commerce Brasil foi o único representante do setor privado convidado para a reunião. Além da cobertura jornalística, Vivianne Vilela, diretor de Curadoria e Conteúdo da empresa, também contribuiu com a conversa.

O desequilíbrio entre as regiões e seus resultados é um ponto importante para ser analisado. Enquanto o Sudeste e Sul apresentam crescimento tanto em volume de vendas quanto em operações online, o Nordeste e Norte estão sendo impulsionados pelos investimentos dos marketplaces em descentralização de centros de distribuição, democratizando o acesso a produtos e reduzindo a desigualdade

Vivianne Vilela, diretora de Curadoria e Conteúdo no E-Commerce Brasil

Antes complementar o raciocínio sobre dados da indústria e o e-commerce internacional, a executiva também pontuou a ausência da categoria de Alimentos e Bebidas nos resultados do Dashboard do MDCI. Isso porque, segundo ela, a categoria tornou-se uma das três principais categorias em crescimento no e-commerce nacional no cenário pós-pandemia.

No que diz respeito ao desenvolvimento industrial tecnológico, também trago o exemplo, em termos de dados do mercado, do Scape Report 2024. O estudo, desenvolvido pela Pipeline, mapeou mais de três mil soluções nacionais que suportam a transformação digital do varejo e indústria. Por fim, sobre o cenário internacional, acredito que o cross border está impulsionando a internacionalização de indústrias brasileiras por meio de marketplaces de fora como Alibaba e Amazon, além de promover a nacionalização de sellers em plataformas internacionais.

Vivianne Vilela, diretora de Curadoria e Conteúdo no E-Commerce Brasil