No começo do mês passado, o Facebook completou 20 anos de existência. Durante essas duas décadas, a rede social se transformou em uma das maiores empresas internacionais de tecnologia. Segundo o levantamento do YouGov Global Profiles, é a rede mais popular na América Latina entre os entrevistados. A própria plataforma afirmou, no dia 19 de janeiro, que 76,9% de todas as pessoas pesquisadas na região são um usuário ativo do Facebook.
Esse uso intenso transformou a América Latina em um dos principais mercados da rede social. Os dados da Global Profiles também revelaram que 15,8% dos entrevistados latino-americanos disseram passar aproximadamente mais de três horas por dia conectados na plataforma. O que é estatisticamente maior que a média internacional (apenas 13,7%) registrada pela pesquisa.
Tempo semanal em média
Dos quatro países latino-americanos (Argentina, Brasil, Colômbia e México) monitorados pela plataforma, até o dia 18 de fevereiro, o México se destacou como o local onde a maioria das pessoas fica pelo menos alguns minutos por semana. Já os colombianos, que têm maior chance de passar entre uma a cinco horas por semana no serviço, são o segundo grupo de consumidores mais interessados na rede.
Como usam a rede social
No geral, os países monitorados usam o Facebook mais ou menos com a mesma intenção, embora em períodos diferentes. Por exemplo, conversar com amigos e familiares é uma das atividades mais populares entre os países. No entanto, Argentina e na Colômbia, apenas 61,8% e 65% das pessoas, respectivamente, que são usuárias ativas do Facebook afirmaram que esse é o principal uso que fazem da rede.
Nos dois países, os números são estatisticamente menores do que os registrados entre os usuários ativos do Facebook no Brasil (71,1%) e no México (73,2%). Um caso parecido acontece com o hábito de entrar nas redes sociais para jogar. Nos quatro países, pelo menos três a cada 10 usuários ativos do Facebook disseram que entram nas redes sociais em geral para jogar – um número que foi estatisticamente menor na Argentina e na Colômbia.
Também foi identificado uma relação diferente dos usuários ativos do Facebook na América Latina com as redes sociais em geral do que os membros de outras plataformas. Como os inscritos no TikTok, por exemplo, que são mais protensos a dizer que preferem interagir online ou que passam muitas horas navegando sem motivo na plataforma de vídeos. Ao mesmo tempo, os usuários do TikTok não tendem a acreditar que é preciso limitar o tempo de uso dos seus filhos.
Qual será o futuro do Facebook?
Mesmo sendo atualmente a principal rede social da América Latina, isso não quer dizer que ficará assim para sempre. Os dados do YouGov BrandIndex, do dia 15 de fevereiro, indicaram que a rede social já demonstra alguns sinais de fraqueza nos dois mercados latino-americanos monitorados. Como a Pontuação do Cliente (que indica a porcentagem de usuários que usaram o serviço recentemente): 68,2 no México e 51,4 no Brasil, que sofreu uma queda de -3,8 e -1,5, respectivamente, em relação a 2023.
Curiosamente, no Brasil, a queda nessa pontuação não é liderada pelos mais jovens. De fato, entre os entrevistados brasileiros com idade entre 18 e 24 anos nesse período de 12 meses, a classificação do Facebook aumentou um pouco. As quedas, muitas delas repentinas, ocorreram com usuários mais velhos, especialmente dos 35 a 44 anos.