O mercado de jogos digitais é um dos que mais cresce no mundo inteiro. Com as novas tecnologias de inteligência artificial e imersão nas realidade aumentada, os chamados “games” ganharam ainda novas possibilidades, inclusive envolvendo influência digital, e-commerce e engajamento.
Este foi o tema da palestra do Arthur Madrid, Co-founder & CEO da empresa The Sandbox, especializada em transformar experiências de jogos virtuais em diversas frentes. O executivo defende que a The Sandbox é uma plataforma que permite uma integração de experiências digitais e físicas, com o máximo de personalização através do Metaverso.
“Nós sabemos que os comportamentos estão realmente mudando na internet, mas o que é realmente difere hoje dos últimos anos é que as pessoas não querem somente jogar, querem também criar”, argumenta Madrid. Para conseguir, as pessoas estão dispostas a gastar e investir no ambiente digital.
“O que é o metaverso?”, ele questiona. E responde: “é uma maneira de conectar e criar experiências imersivas, sociais e divertidas”.
O que a The Sandbox faz?
“É complicado entender, mas é preciso que as pessoas compreendam que o uso de dados da Sandbox contempla todos os aspectos de uma experiência digital para criar uma experiência completa. A plataforma envolve criptomoedas, blicak chain, experiência, conteúdo e marcas. Nós costruímos novos trabalhos, novas marcas e novas maneiras de engajamento entre as pessoas”, explica o executivo.
A plataforma recomenda e recompensa as marcas e personalidades que aderem ao metaverso através da Sandbox, que virou uma porta de entrada para esta nova categoria de interação digital. Celebridades, lojas de grifes famosas e empresas de tecnologia já aderiram ao modelo para reservar seu espacinho neste segmento do Metaverso focado em jogos.
“Através do Sandbox, qualquer ‘terra’ pode ser monetizada, acessada e interagida entre as demais ‘terras’ e usuários a plataforma. O Metaverso é algo mais do que só jogar”.
O executivo destacou também que a plataforma faz parte de uma nova era da tecnologia em que as ferramentas não dependem da habilidade do usuário em programar ou codificar qualquer elemento para personalizar ou colocar o novo jogo no ar, pois o objetivo dessas soluções é o engajamento.
“Acredito que veremos novos tipos de empregos no Metaverso em alguns anos, seja dentro do universo de jogos, da participação das marcas, para fazer negócios, ouvir músicas, engajar com a comunidade ou descobrir novas utilidades para o universo digital”, enfatiza Madrid.
Como começar? Crie um avatar
“Assim como há 20 anos era preciso criar um e-mail para ter um epaço online, hoje, cria-se um avatar que represeta unicamente cada indivíduo na vida real, só que no ambiente digital”, explica o empresário. Para participar desta nova realidade de interação entre usuários, celebridades e marcas, tudo o que o usuário precisa fazer é criar a si mesmo dentro da plataforma.
Por fim, o executivo deu dicas de como investir no Metaverso através de novas soluções, plataformas ou ferramentas de maneira a priorizar a experiência do usuáro e se diferenciar dos demais.
1 – Coloque a criatividade em primeiro lugar;
2 – Crie valor e recompense usuários fiéis e fãs: “a melhor maneira de construir novas formas de diversão é primeiro dar valor e um direcionamento do que você realmente quer para o usuário”;
3 – Recompense o usuário por suas contribuições: “no final, é tudo sobre criar experiências”;
4 – Abrace a cultura NFT;
5 – Encorage a criação de conteúdo pelos usuários.
Entre os exemplos citados, destacam-se Snoop Dog, Paris Hilton, Gucci e Warner Music, que já são usuários participativos do Metaverso através da Sandbox, com estratégias de engajamento e gamificação.
A Gucci criou uma experiência imersiva que reflete os valores da marca, mas não é focada em compras. A Paris Hilton, que já é uma das maiores influenciadoras do mundo, usa a ferramenta para mensagens temáticas esporádicas, que refletem em seu engajamento, mas do qual ela não depende. A Warner Music usa a ferramenta como forma de atualizar seus usuários sobre os músicos presentes no catálogo ou quais opções de interação estão disponíveis no universo da música. “Tudo isso faz parte do conceito de ter a experiência em vista antes de estabelecer uma estratégia de conversão”, finaliza Madrid.