Em parceria com o Sebrae, o Governo Federal lançou na última quarta-feira (31), o programa Brasil Mais Produtivo. A proposta do programa é que até 200 mil micro, pequenas e médias empresas (MPMEs) industriais possam se inscrever na plataforma para acessar conteúdos e ferramentas com o objetivo de aumentar sua produção, tornando-as mais rápidas e ágeis, aumentando a competição do mercado por meio da transformação tecnológica e da eficiência energética.
A plataforma é coordenada pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) e tem a expectativa da inscrição de 200 mil empresas. Nela, os inscritos terão acesso a cursos, materiais e ferramentas sobre produtividade e transformação digital. Mais de 93 mil micro, pequenas e médias empresas irão receber atendimento direto com agentes locais do Sebrae e Senai para orientação e acompanhamento até 2027.
Para Geraldo Alckmin, vice-presidente da República e ministro do MDIC, a nova fase do Brasil Mais Produtivo significa “uma oportunidade importante de nos reindustrializarmos. Vamos nos empenhar o mais rápido possível para fazer que a pequena empresa tenha mais oportunidade, gerar riqueza e trabalho para o nosso país”, ressaltou.
Parceiros da iniciativa
Relançado em 2023, o programa desenvolvido no segundo trimestre de 2016, terá agora R$ 2,037 bilhões de investimento no desenvolvimento de novas tecnologias digitais a partir deste ano. O valor será subsidiado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Além do BNDES, a iniciativa conta com outros parceiros como o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e a Empresa Brasileira de Inovação Industrial (Embrapii).
Como vai funcionar?
A nova versão do Brasil Mais Produtivo é divida em quatro etapas de conhecimento e terá duração até 2027. Para acessar os conteúdos, é preciso fazer a inscrição voluntária na Plataforma de Produtividade.
Depois, as empresas participantes poderão seguir “trilhas de aperfeiçoamento”, definidas a partir das suas próprias necessidades diagnosticadas. Dentro da plataforma de Produtividade, as micro, pequenas e médias empresas conseguirão ter acesso aos cursos e ferramentas sobre práticas de gestão, mercado, inovação, eficiência energética, manufatura enxuta e transformação digital.
Confira como são divididas as trilhas de aperfeiçoamento:
1. Plataforma de produtividade (para 200 mil micro, pequenas e médias indústrias)
Acesso à cursos, materiais, e ferramentas sobre produtividade e transformação digital
2. Diagnóstico e estratégia de gestão (para 50 mil micro e pequenas indústrias)
Orientação e acompanhamento contínuo dos agentes locais de inovação do Sebrae
3. Otimização de processos (Para 30 mil micro e pequenas indústrias e 3 mil médias indústrias)
Atendimento integrado com consultorias e educação em Lean Manufacturing e eficiência energética
4. Transformação digital
(Para 8,4 mil micro, pequenas e médias indústrias)
Implementação de soluções digitais por meio de 360 fornecedores
(Para 1,2 mil médias indústrias)
Plano de transformação digital implementados e acesso à pós-graduação
Através da plataforma, cerca de 93 mil empresas terão um acompanhamento mais próximo. No eixo dois, sobre diagnóstico e melhoria de gestão, 50 mil micro e pequenas empresas (MPEs) receberão orientações e acompanhamento contínuo dos Agentes Locais de Inovação (ALI) do Sebrae para aumento da produtividade, além da oferta de projetos específicos por setor.
No eixo quatro (Transformação Digital), 8,4 mil MPMEs serão beneficiadas com soluções de 360 empresas provedoras de tecnologias 4.0. Haverá também a opção de contratação de pós-graduação em Smart Factory do Senai, com desconto, para desenvolver projetos de integração de sistemas tecnológicos.
Outras 1,2 mil médias empresas serão contempladas com um plano completo de transformação digital, desde a elaboração do projeto de investimento até o acompanhamento.
Dados sobre a digitalização no país
Dados do ministério indicaram que, atualmente, apenas 23,5% das indústrias são digitalizadas no país. Com o programa, a meta é aumentar esse percentual para 90% e triplicar a participação da produção nacional nos segmentos de novas tecnologias até 2033.
Em 2017, durante a primeira versão do Brasil Mais Produtivo, mais de 150 mil MPEs em mais de 3 mil municípios buscaram melhorar sua competitividade, resultando em ganhos médios de 22,7% na produtividade e crescimento médio de 8% no faturamento para as empresas assistidas pelo programa.
Texto elaborado com informações da Agência Brasil.