A Operação Black Friday 2024 do Procon-SP registrou um aumento de 36,9% nas reclamações de consumidores em comparação ao ano passado. Entre 25 e 29 de novembro, o órgão recebeu 2.133 queixas contra 1.557 no mesmo período de 2023. Já o total de atendimentos, que inclui consultas e orientações, subiu 23,7%, alcançando 2.627 registros.
No comércio eletrônico, a maioria das reclamações foi relacionada a atrasos na entrega de produtos, somando 814 casos. Outros problemas frequentes foram produtos ou serviços diferentes dos anunciados, cancelamento de compras após a finalização da venda, maquiagem de preços e indisponibilidade de itens ofertados.
As empresas com maior número de reclamações foram Dotcom/Sephora, com 137 registros, seguidas por Magazine Luiza, Netshoes, Época Cosméticos, Magalupay e Hub Fintech, que somaram 92 queixas.
Fiscalização no comércio físico
O Procon-SP também fiscalizou 353 estabelecimentos na capital, interior e litoral de São Paulo, autuando 176 deles (49,8%) por práticas em desacordo com o Código de Defesa do Consumidor (CDC). A maioria das autuações ocorreu por problemas na informação dos preços, produtos com validade vencida ou sem a devida indicação, além da ausência de exemplares do CDC nos locais.
Na capital paulista, foram vistoriados 161 estabelecimentos, dos quais 67 apresentaram irregularidades (42%). No interior e litoral, 192 locais foram visitados, resultando em 109 autuações (57%).
Comparativo 2023 x 2024
As cidades fiscalizadas incluem Araraquara, Barretos, Bauru, Praia Grande, Sorocaba, Taubaté, entre outras. Além disso, mais de 60 produtos em 10 sites de e-commerce foram monitorados para identificar possíveis infrações.
Os estabelecimentos autuados poderão ser multados, respeitando o direito à defesa conforme prevê a legislação. O Procon-SP continuará monitorando as operações relacionadas à Black Friday, especialmente em relação às entregas, que ainda podem gerar novas queixas nos próximos dias.