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Redes sociais são realidade nas compras, diz head de Insights do Facebook

Por: Júlia Rondinelli

Editora-chefe da redação do E-Commerce Brasil

Jornalista formada pela Faculdade Cásper Líbero e especialização em arte, literatura e filosofia pela PUC-RS. Atua no mercado digital desde 2018 com produção técnica de conteúdo e fomento à educação profissional do setor. Além do portal, é editora-chefe da revista E-Commerce Brasil.

A aplicação de estratégias relacionadas ao consumo por meio das mídias sociais deixou de ser tendência. Agora, a pergunta que players do e-commerce se fazem é de como acompanhar as rápidas mudanças no comportamento do consumidor por meios dessas ferramentas.

O esclarecimento das formas de raciocinar negócios agora foi feito por Fabrício Fudissaku, head de Insights do Facebook IQ na América Latina. O profissional reforçou que a utilização de mídias sociais é uma realidade para consumir, mas o que querem as pessoas?

“O primeiro passo é ter em mente que as necessidades dos consumidores estão acima das ofertas das marcas. O caminho para qualquer empresa é nortear-se com base no comportamento dos usuários e, por meio disso, ocupar os mesmos espaços que eles”, diz.

Mas quais são os pontos principais para acompanhar o comportamento do consumidor e dividir os ruídos dos sinais? Fudissaku lista algumas formas de fazer isso:

1. Foco no presente (premissa básica)

Entender o agora para preparar-se ao futuro.

2. Qualitativo somado ao quantitativo

Ter conhecimento e usá-lo de forma objetiva, combinando metodologias e recorrendo aos caminhos mais benéficos.

3. Monitoramento no pulso

Entender que o crescimento não acontece em linearidade. A curva das novidades é exponencial e manter-se atualizado ajuda a monitorar situações.

4. Metodologia de trend spotting

Caminho por quatro etapas:

  • Observar: acompanhar o movimento do mercado
  • Hipótese: traçar estratégias e caminhos possíveis
  • Validação: estudo com consumidores
  • Projeção

Estrutura das tendências

Além de aprender a seguir o fio da meada no comportamento do consumidor, saber o porque uma tendência surge também é importante. É uma das formas, segundo o especialista, de imergir ainda mais em um novo universo e criar os produtos certos.

“O plano inclui três etapas: Contexto (por que isso acontece agora?), desenvolvimento das tendências (ferramentas, população, cenário) e projeção (e depois?). Durante a pandemia, por exemplo, alguns formatos de consumo foram modificados. Um dos fatores criados foi a regra dos 66 dias, que é o tempo necessário para um novo hábito ser criado. Este é apenas um dos gargálos que mostram o dinamismo desenvolvido nos consumidores”, complementa.

A seguir, Fudissaku encerrou com mais uma listagem, dessa vez de tendências de impacto direto no comportamento do consumidor. Veja:

1 – F.O.G.O (Fear Of Going Out)

As pessoas estão valorizando a segurança de consumir de dentro de casa. Por conta disso, 56% declaram que reduziram visitas a pontos físicos de venda e 51% pretendem comprar de marcas com opção de assinatura. São inovações que atendem a necessidade do contactless, bem como a opção de comprar online e retirar na loja.

2 – Inovação tecnológica

O investimento em realidade aumentada (AR) e realidade virtual (VR) nos próximos anos deve aumentar ainda mais. Atrelado a isso, mais pessoas devem usar e se interessar por essas tecnologias. Atualmente, 65% dos consumidores querem conhecer melhor um produto sem ir à loja, o que cria um ambiente favorável à essas novidades.

3 – Compra invisível

A ideia de comprar um produto sem saber exatamente o que está pagando também pode ser cada vez mais atraente. Uma espécie de promoção com um preço atrativo para um produto “surpresa” atrai o comprador atual.

4 – Demandas reprimidas

Viagens, confraternizações, práticas de esportes e outros eventos postergados em meio à pandemia irão acontecer.

5 – Social gaming

Plataformas de jogos serviram para encontros sociais durante o isolamento. A pandemia ajudou nessa evolução da “mesa de bar do futuro”, estimulando companhias a investirem neste tipo de evento híbrido ou 100% virtual.

Por Lucas Kina, em cobertura especial para o Fórum E-Commerce Brasil.

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