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Reforma Tributária: executivos de Food Service discutem benefícios da unificação de impostos

Por: Lucas Kina

Jornalista e repórter do E-Commerce Brasil

Com expectativa de ser votada até dezembro deste ano, o texto da Reforma Tributária traz a unificação dos impostos como conhecemos hoje (PIS, Cofins, IPI, ICMS e ISS) no chamado Imposto sobre Valor Agregado (IVA), com alíquota única prevista entre 25% e 26,5%. A novidade, que promete reduzir fricções, conta com opiniões diversas sobre seus benefícios e malefícios. Durante o segundo dia do iFood Move, ela foi defendida por representantes do Senado Federal e da categoria de Food Service.

Para Fernando Di Paula, presidente da Associação Nacional dos Restaurantes (ANR), por exemplo, estabelecer uma nova forma de tributação pode estimular o empresário do Food Service a buscar a regularidade. A relação dele com a tributação, na visão dele, também pode mudar.

“Sou a favor de uma novidade neste sentido pois, hoje, eliminar processos e burocracias podem favorecer quem empreende. O setor ganha tempo e pode focar no que é importante: servir bem”, afirmou.

iFood Move - Reforma tributária - Food Service
Mediador Rodrigo Araújo (iFood), seguido de João Batista (ABF), Senador Federal Efraim Filho (União Brasil-PB) e Fernando Di Paula (ANR) (Imagem: Divulgação/iFood)

Lado político

Coordenador do Grupo de Trabalho (GT) relacionado à nova Reforma Tributária e, por consequência, defensor da mesma, o Senador Federal Efraim Filho (União Brasil-PB) cita que o novo texto quer defender “quem produz” no Brasil. Para ele, em concordância com a fala de Di Paula, o modelo atual mais atrapalha do que ajuda o ambiente de negócios. Isso, em sua perspectiva, deixa claro que o melhor para crescer é simplificar.

Hoje, o cenário é em relação ao texto da Reforma Tributária é de tramitação em Brasília, com sua regulamentação aprovada ainda no primeiro semestre de 2024. A expectativa é de que ela seja votada até dezembro, pavimentação um caminho de sete anos de preparação para sua implementação oficial. Efraim comentou que essa manobra visa “calibrar” o efeito de uma reforma nova para os empreendedores.

“A ideia é que seja uma transição gradual, ajudando o empreendedor a se regularizar e entender a importância disso para seu negócio. Com a aprovação, acredito que o período de transição com as novas normas se estenda até 2032”, pontuou o senador durante o iFood Move.

Representatividade

De acordo com João Batista, coordenador do Grupo Setorial de Redes de Food Service na Associação Brasileira de Franchising (ABF), fora as tecnicidades voltadas ao assunto, é necessário que o setor de Food Service tenha união. “A compreensão desta e outras pautas fortalecem nossa representação. No caso dos tributos, um novo regime permite que uma evolução estratégica e mais sustentável”, diz.

Em ensejo à fala do representante das franquias, Di Paula cita que, além da confiança no Poder Público, a conexão entre empresários e entidades deve estar mais afiada do que nunca. A atuação conjunta, para ele, será fundamental para trazer a representatividade citada e garantir que os interesses do Food Service sejam atendidos.