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Desafios da experiência do luxo: como a moda transforma o digital e o físico

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Por: Alice Lopes

Jornalista da redação E-Commerce Brasil

Estudante do 8° período de jornalismo, sou apaixonada por cultura pop e redatora de moda e beleza. Com mais de um ano de experiência em redação, migrei por diversas editorias até encontrar algo que fizesse o meu coração bater mais forte. No tempo livre, aprecio música, uma boa leitura e dança.

No mundo da moda de luxo, a concorrência é intensa, e a fidelização dos clientes exige mais do que simplesmente oferecer produtos de alta qualidade. Para o estilista Alexandre Herchcovich, é essencial que a marca tenha uma identidade clara, e isso precisa se refletir em cada peça criada. A construção de uma marca envolve a integração das características que a definem e a transmissão disso aos consumidores, especialmente no contexto do e-commerce, onde os produtos podem facilmente se tornar apenas mais um item no mercado.

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(Imagem: Carol Guasti Fotografia/Ecommerce Brasil)

Ana Carolina Friedmann, especialista em luxo, destaca a importância da combinação entre o mercado de luxo e marcas mais acessíveis, apontando que o consumidor moderno não se limita a um único tipo de marca. A experiência de compra, para ela, vai muito além da transação — é uma curadoria que conecta o cliente à marca de forma emocional e pessoal.

A exclusividade em combinação com a inclusão

Com o crescente domínio do digital, a experiência de compra de luxo precisa se reinventar. Alexandre aposta na inclusão de produtos mais populares em sua linha, não para perder a exclusividade, mas para alcançar públicos mais amplos e adaptar-se aos diferentes momentos de consumo do cliente. Além disso, ele enfatiza que a história por trás de cada peça deve ser subjetiva, permitindo que os consumidores interpretem as coleções à sua maneira.

O luxo, tanto no digital quanto no físico, está relacionado aos detalhes e à experiência sensorial. No caso de espaços como a Cidade Matarazzo, a beleza e o luxo estão na mistura de materiais e na identidade cultural brasileira. No digital, no entanto, a experiência de luxo precisa ser igualmente personalizada e envolvente. Embora algumas experiências, como o toque de um tecido ou o atendimento exclusivo, sejam insubstituíveis no mundo físico, o comércio online tem se destacado pela praticidade e pela possibilidade de criar relações duradouras com os clientes.

Alexandre defende que, para marcas de luxo com presença online, o digital precisa ser uma extensão da experiência física, oferecendo produtos diferenciados e um atendimento que busque replicar a exclusividade do ambiente físico. A experiência do consumidor, no final das contas, deve ser integrada, personalizando o atendimento tanto no online quanto no físico, para garantir que o cliente se sinta especial e fiel à marca.

Por fim, o futuro do luxo no ambiente digital será marcado pela constante evolução das ferramentas tecnológicas e pela personalização da experiência, elementos fundamentais para conquistar e fidelizar o cliente no cenário atual.

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