O Grupo Alibaba informou, neste mês, os números do segundo trimestre deste ano. Em destaque, a companhia chinesa citou uma receita de US$ 33,470 milhões, representando aumento de 4% na comparação ano a ano. A gigante do e-commerce demonstrou satisfação com os resultados contabilizados neste período. Ao longo do comunicado no qual anunciou os números, ressaltou-se como alguns pontos considerados importantes foram reforçados.
Fora da China, abrangendo operações como AliExpress e Trendyol (Golfo), os índices também foram positivos. De forma geral, o braço internacional do Grupo Alibaba chegou a crescer 32%, chegando a US$ 4,031 milhões em receita. A análise interna é de que o comércio cross-border cresceu, principalmente em termos de mais vendedores comercializando produtos desta forma.
Para o Brasil, especificamente, a parceria comercial entre AliExpress e Magalu foi notada nos resultados medidos entre abril e junho. Anunciada neste período, o acordo criou uma via de mão dupla entre lojistas de ambas plataformas e, na visão da companhia, foi um bom passo na direção de maior capilaridade internacionalmente.
O que o consumidor precisa
Entre as ações colocadas em prática no segundo trimestre de 2024, o Alibaba cita a manutenção de preços competitivos nos produtos, foco na experiência do consumidor, incremento nos benefícios do programa de fidelidade e em questões tecnológicas. Essas questões, segundo a empresa, contribuir para retenção de usuários, alta na frequência de compra e feedbacks positivos sobre a experiência de consumo em geral.
“Os resultados neste trimestre demonstraram nossa estratégia em ação. Nosso foco em melhorar a experiência do usuário, oferecer produtos de qualidade a preços atrativos com ótimo serviço levou à estabilização da participação de mercado do Taobao e Grupo Tmall à medida que retornamos o negócio à trajetória de crescimento. Nosso divisão de Nuvem também obteve resultados positivos e cresceu em receita, impulsionada pela nuvem pública e pela adoção de produtos relacionados à IA”, explica Eddie Wu, CEO do Grupo Alibaba.
Um dos pontos ressaltados é o da personalização da experiência do cliente. Neste período, a companhia melhorou a relação entre as necessidades do usuário e o padrão de navegação dentro da plataforma. Dessa forma, o tráfego foi convertido mais vezes em compras dada a recomendação de itens e categorias específicas para cada consumidor.
Parte disso se deve às implementações voltadas a Inteligência Artificial (IA) dentro do Alibaba. Em abril, por exemplo, o grupo lançou Quanzhantui, ferramenta de marketing empoderada com IA que fornece visualização de dados de performance, segmentação otimizada e ofertas automáticas de acordo com o comportamento do cliente.
Logística e Nuvem
A Cainiao, braço logístico do Grupo Alibaba, contou com alta de 16% na receita do período, chegando a US$ 3,689 milhões. O principal motivo para isso, segundo nota, foi o aumento da receita envolvendo soluções de fulfillment cross-border.
Já do lado do Grupo de Inteligência de Nuvem, divisão criada recentemente, o crescimento ante segundo trimestre de 2023 chegou a 6% e US$ 3,653 milhões nos números absolutos. Parte dos resultados se deve ao desenvolvimento de produtos relacionados à IA.
Além disso, durante as Olimpíadas de Paris 2024, a divisão de Nuvem do Grupo Alibaba também teve participação. Durante a competição, houve envolvimento da empresa na transmissão por meio de infraestruturas de nuvem e produção remota de vídeo, deixando de lado o modo tradicional (satélites).
Ao todo, dois terços das transmissões nacionais utilizaram sinais ao vivo do Alibaba Cloud.