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Incentivo do BC ao 'bolepix' põe em perspectiva as tradicionais formas de pagamento

Por: Amanda Lucio

Jornalista e Repórter do E-Commerce Brasil

Na última quinta-feira (12), o Banco Central (BC) divulgou novas regras, por meio da Resolução BCB nº 443, que promovem avanços no sistema de boletos de pagamento, com destaque para a integração com o Pix. A medida, que entra em vigor em 3 de fevereiro de 2025, permitirá que boletos sejam pagos via Pix por meio de QR Codes e introduzirá o boleto dinâmico, uma nova modalidade que reforça a digitalização e segurança nas transações.

(Imagem: Envato)

Boletos + Pix: agilidade e conveniência

Com as mudanças, o BC busca unir a popularidade e confiança dos boletos à rapidez e praticidade do Pix. Embora algumas instituições já ofereçam a opção de pagamento com QR Codes, a regulamentação traz novas responsabilidades para os participantes do sistema e estabelece governança mais robusta.

A criação do boleto dinâmico está vinculada à implementação de sistemas de escrituração ou registro que darão suporte digital aos novos formatos. Segundo o BC, o modelo tarifário e de reembolso deverá observar princípios de transparência, isonomia e fundamentação econômica, evitando práticas anticoncorrenciais.

Pix parcelado: o futuro das transações online

A adoção do Pix segue transformando o mercado financeiro brasileiro. A consultoria Oliver Wyman prevê que, até 2027, o Pix superará os cartões de crédito como o principal meio de pagamento em compras online. Hoje, o Pix responde por 30% das transações no e-commerce, mas essa participação deve subir para 50%, especialmente com o avanço do Pix parcelado, ou Pix garantido.

Essa modalidade, que elimina as tarifas das bandeiras de cartões, já é testada por bancos e financeiras. Para consumidores e lojistas, a principal vantagem é a redução de custos de transação.

Transformações no varejo digital

Além da ascensão do Pix, tendências como o social commerce (uso de redes sociais para vendas) e a omnicanalidade (integração entre lojas físicas e digitais) estão moldando o futuro do e-commerce no Brasil.

Com essas iniciativas, o BC e os players do mercado financeiro pavimentam o caminho para um sistema de pagamentos mais acessível, eficiente e alinhado às demandas de digitalização do país.