O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, se reuniu na última segunda-feira (21) com executivos de grandes redes varejistas para tratar dos impactos das tarifas comerciais sobre o setor. O encontro contou com representantes de empresas como Walmart, Target, Home Depot e Lowe’s, incluindo Doug McMillon, CEO da primeira.
Um porta-voz da Home Depot caracterizou a reunião como “informativa e construtiva”. Um representante da Target disse que Brian Cornell, presidente-executivo da companhia, estava presente em “uma reunião produtiva para discutir o caminho a seguir no comércio”.
Para os varejistas, as tarifas representam mais um desafio em um ambiente econômico pressionado, marcado pela busca dos consumidores por preços mais baixos após anos de inflação elevada. A previsão é que os impactos variem de acordo com o grau de dependência de importações.
Cenário
O mercado já precifica os possíveis efeitos das tarifas nas margens dessas empresas. Em 2025, as ações do Walmart acumulam alta inferior a 2%, enquanto as demais varejistas registram quedas expressivas. A Target lidera as perdas, com desvalorização de 32% no acumulado do ano.
No caso da empresa comandada por McMillon, cerca de um terço dos produtos comercializados são importados — com China e México entre os principais fornecedores. Ainda assim, a empresa destaca que dois terços de seu portfólio nos Estados Unidos são produzidos, cultivados ou montados localmente.
A Target, por outro lado, enfrenta uma situação mais delicada. A varejista, que tem como foco produtos de consumo com bom custo-benefício, como roupas e artigos para casa, depende fortemente de fornecedores asiáticos — especialmente da China.
As varejistas Home Depot e Lowe’s também figuram entre as grandes importadoras da região, com forte exposição a produtos vindos da Ásia.
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