Realizado em São Paulo, o Amazon Conecta 2023 foi um evento focado nos empreendedores brasileiros e no fomento de informações para vendedores da plataforma. Pela primeira vez de forma híbrida, depois da edição digital realizada no último ano, o evento divulgou novidades, estratégias e dados técnicos da participação da empresa no ecossistema digital brasileiro.
Entre os dados de maior destaque está o crescimento da relevância da Amazon para o consumidor e também para o lojista. De acordo com a Similar Web, a empresa hoje é o segundo maior marketplace do Brasil.
De 2019 para 2023
Para Daniel Mazini, Presidente da Amazon no Brasil, o crescimento da empresa no país está atrelado a um investimento tecnológico, que se reflete na experiência, e no aumento do portfólio de produtos e soluções ofertadas pela companhia.
“Durante anos, a Amazon só comercializou livros no Brasil, mas há 4 anos trabalha na expansão de produtos. Desde 2019, a empresa incluiu mais de 100 milhões de produtos em seu portfólio, o que contribui para o crescimento. Atualmente, são 11 centros de distribuição espalhados pelo Brasil e 20 hubs de entregas cross docking, com mais de 8 mil pessoas contratadas pela companhia”, ele mostra. O ganho de relevância em tão pouco tempo evidencia, segundo ele, o foco no cliente e nos sellers da plataforma.
Entre as novidades, o executivo citou as campanhas de entregas na Paraisópolis, cultura inclusiva e diversa, o FBA (modalidade de fulfillment da companhia), e o Amazon Ads.
Sobre o Amazon Ads, Mazini comentou que a solução “não é uma maneira de ganhar dinheiro, mas uma maneira do vendedor mostrar para o consumidor que o seu produto é tão bom quanto qualquer outro mais conhecido”.
“A Amazon é hoje o e-commerce que mais cresce no Brasil e há muito espaço para continuar crescendo”, finaliza.
O que o crescimento tem a ver com o portfólio de produtos?
Camila Nunes, Diretora de Marketing da Amazon Brasil, complementou que o aumento do portfólio de produtos e das soluções é efetuado com uma preocupação do que faz sentido para consumidores e lojistas, pensando na adequação cultural, social e até sazonal do país como uma forma de se aproximar de quem compra.
Ela citou ainda o programa de associados, que funciona desde 2017, como uma ferramenta de produção de conteúdo e gestão de audiência para as vendas, e o uso das lives, que começaram em 2020, como uma forma de engajamento. Um dos exemplos levantados pela executiva foi a Black Friday do ano passado, em que os próprios sellers de dentro da plataforma puderam ter uma participação ativa nas lives, criando maiores conexões com os consumidores.
Como resultado, o marketplace tem ganhado espaço, o que, segundo a executiva, é resultado da adaptação da cultura da empresa ao atender o público brasileiro.
Ainda sobre as datas sazonais, ela completa que existe um esforço em aproveitar o “momento de apresentar a amazon para novos consumidores e também relembrar consumidores antigos que teremos promoções com boas experiências”.
Prime Day se supera a cada ano
Ricardo Garrido, Diretor de Marketplace da Amazon Brasil, completou explicando que o desenvolvimento em infraestrutura visto pela companhia desde 2019 é o básico para que uma operação funcione no Brasil e para que os clientes tenham qualidade na compra, experiência e entrega dos produtos.
Além disso, ele entende que os pequenos e médios negócios são o pilar que sustenta o sucesso da operação, uma vez que hoje são responsáveis pela maior parte do giro de produtos dentro do marketplace.
Para completar, a empresa vem investindo em ações com o Sebrae e a Rede Mulher Empreendedora, que ajudam a alavancar oportunidades de crescimento em diversas frentes do varejo.
“Qualquer consumidor que entrar no site hoje e realizar uma busca consegue selecionar pequenos negócios e comprar exclusivamente com eles”, afirma Garrido. Para ele, é cada vez mais perceptível para a Amazon a importância de dar visibilidade constante para esse público.
“Para falar com o Brasil todo precisamos falar em português, de brasileiro para brasileiro, e com uma oferta de produtos que faça sentido em todos os cantos do brasil”, completa.
Um estudo da PwC. aberto exclusivamente durante o evento mostrou que mais a Amazon hoje tem mais de 50 mil vendedores parceiros no Brasil, sendo que 99% desses são pequenos ou médios empreendedores, responsáveis por 9,6 milhões de produtos em circulação no site.
Outro dado marcante da pesquisa é que 77% das vendas são destinadas a estados diferentes do que o empreendedor vende, o que garante a possibilidade de ampliação do leque de vendas. Além disso, 8% deles vendem para fora do Brasil através das soluções internacionais do marketplace.
Garrido é veemente ao afirmar que a companhia hoje ocupa um espaço nacional, não só o tradicional eixo Rio de Janeiro e São Paulo. O levantamento da PwC. mostra que 62% dos lojistas da plataforma são de fora dos estados de SP, RJ e Brasília.
Ele finaliza explicando que a missão da empresa é sempre considerar que há ainda muito a ser feito: “é sempre o primeiro dia”.
Mais 216 mil treinamentos profissionalizantes foram realizados pela companhia desde que a pandemia começou, totalizando mais de 6,3 milhões de horas de treinamento.