Os moradores das periferias estão mais digitalizados, é o que mostra a pesquisa nacional “O que ninguém vê: a realidade do consumo digital nas periferias”, realizada pela Nós – Novo Outdoor Social em parceria com a HSR Specialist Researchers. De acordo com o estudo, cada vez mais pessoas de todas as classes econômicas, incluindo moradores das periferias, estão aderindo ao comércio eletrônico.

Os dados surpreendem, pois mais da metade dos entrevistados (59%) das regiões periféricas optam por fazer suas compras usando o canal. As plataformas Shopee e Mercado Livre são as mais populares entre os consumidores, além do destaque para o feminino das Gerações Z e X, que lideram as compras online, com roupas e acessórios sendo os itens mais adquiridos.
O hábito de comprar pela internet se tornou parte fundamental do planejamento financeiro mensal para muitos moradores das periferias. A facilidade de encontrar produtos desejados com apenas alguns cliques e a comodidade de receber as compras em casa são os principais motivos desse comportamento, sendo que 93% dos entrevistados preferem a entrega em domicílio, com os Correios sendo a opção logística mais escolhida (85%).
Formas de pagamento
Sobre os métodos de pagamento, 74% das pessoas nas comunidades preferem usar o Pix, enquanto 58% optam pelo cartão de crédito. O parcelamento é comum, com 19% parcelando suas compras em 3 vezes.
A pesquisa também destaca a crescente adoção das carteiras digitais, embora apenas 22% dos entrevistados nas comunidades as utilizem. Esse número sobe para 47% nas regiões metropolitanas, indicando uma oportunidade para educar os consumidores sobre essa opção de pagamento.
Emilia Rabello, fundadora e CEO da Nós, enfatiza a importância desses insights para as marcas, anunciantes e a indústria varejista, considerando o impacto no poder de compra das regiões periféricas. Ela também aponta que a popularização das carteiras digitais para esse público pode representar uma oportunidade para os bancos digitais oferecerem serviços adaptados às necessidades da população local, fortalecendo sua presença e fornecendo serviços essenciais para os consumidores.
Fonte: Mercado & Consumo
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